quarta-feira, 28 de julho de 2010

Anti-epiléticos e suicídio

Apenas algumas drogas antiepilépticas mais novas estão associadas com risco aumentado de comportamento suicida


Somente o uso de novas drogas antiepilépticas (DAE) que apresentam alto risco para a depressão está associada com risco aumentado de comportamento suicida, de acordo com um estudo financiado pela indústria na revista Neurology. (Em 2008, o FDA advertiu que todas as DAEs teriam um risco aumentado para suicídio )

Usando um banco de dados de medicina de familia do Reino Unido, os investigadores encontraram cerca de 450 pacientes com epilepsia que tinham auto-mutilação ou comportamento suicida e cerca de 9.000 pacientes epilépticos sem esse tipo de comportamento. Todos usaram pelo menos uma DAE durante 5,5 anos de seguimento.

O uso atual das novas DAE associadas com alto risco para a depressão (por exemplo, levetiracetam, topiramato) elevou as chances de auto-agressão ou suicídio três vezes, em comparação com o não uso, no ano anterior. Barbitúricos, antiepilépticos convencionais (por exemplo, carbamazepina, fenitoína e valproato) e DAEs mais novas com baixo risco para a depressão (por exemplo, gabapentina, lamotrigina) não aumentam o risco.

Editorialistas chamam o estudo de uma "boa tentativa inicial" , mas apontaram várias limitações que possam invalidar os resultados, com por exemplo alguns casos que estavam tomando drogas de alto risco.

Compartilhamos a seguir (em inglês) uma explanação acerca das DAEs pelo Dr. Peter Morrison, do Maine Medical Center, que discute seu uso em crianças.



O vídeo tem um link: epilepsy treatment at CHaD - http://bit.ly/dh_access

O vídeo abaixo (também na língua anglicana) é muito didático, e apresenta de maneira suscinta os diferentes tipos de crises convulsivas. Foi disponibilizado inicialmente pelo site egydoctors.com, que atualmente está fora do ar:



Acesso ao Artigo (não livre acesso, infelizmente):

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Roziglitazona no banco dos réus

Risk of Acute Myocardial Infarction, Stroke, Heart Failure, and Death in Elderly Medicare Patients Treated With Rosiglitazone or Pioglitazone

Rosiglitazone Revisited: An Updated Meta-analysis of Risk for Myocardial Infarction and Cardiovascular Mortality


Imediatamente antes do 70o encontro da American Diabetes Association, estes artigos foram publicados em livre acesso nos EEUU. A Rosiglitazona continua a ser avaliada desfavoravelmente quando comparada com outras terapias de diabetes .

Ao atualizar a meta-análise de 2007 com os últimos estudos lançados, investigadores detectaram mais uma vez que a rosiglitazona aumenta significativamente o risco de infarto do miocárdio, enquanto não houve aumento no risco de mortalidade cardiovascular e por todas as causas. A atualização aparece no Archives of Internal Medicine.


Escrevendo no Journal of the American Medical Association (JAMA), investigadores apresentam uma análise de riscos cardiovasculares e mortalidade em uma coorte retrospectiva de mais de 200.000 pacientes do Medicare estadunidense. Os indivíduos começaram o tratamento com rosiglitazona ou pioglitazona quer e foram acompanhados por até três anos (mediana de 105 dias). Comparado com os pacientes a tomarem pioglitazona, o uso de rosiglitazona representou maiores riscos de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e morte. O risco de Infarto Agudo do Miocárdio não diferiu entre os grupos. Os autores estimam um número necessário para dano (Number Needed to Harm) de 60 pacientes tratados por um ano (ou seja, o risco é de que a cada 60 pacientes tratados, um tenha um evento adverso).



O editorial do JAMA sugere como uma opção de remoção "da rosiglitazona E.U. do mercado." (Em julho, os conselheiros do FDA se reunirão para discutir a possibilidade de manter o medicamento no mercado).


Também de lançamento recente, em um estudo patrocinado pelo laboratório de referência, o periódico Lancet publicou um artigo apontando a droga como útil na prevenção do Diabetes mellitus tipo 2: o estudo CANOE (CAnadian Normoglycemia Outcomes Evaluation; Avaliação Canadense dos Desfechos de Normoglicemia) investigou se a terapia combinada de baixa dose de rosiglitazona (2 mg) e metformina (500 mg) duas vezes ao dia afetaria o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Neste estudo controlado, duplo-cego e randomizado realizado em clínicas em centros canadenses, o diabetes incidental ocorreu em significativamente menos indivíduos no grupo de tratamento ativo (14%) do que no grupo do placebo (39%). A redução relativa de risco foi de 66% e a redução absoluta de risco foi de 26% produzindo um número necessário para tratamento (NNT) de 4. Mas é importante destacar os conflitos de interesse. O estudo não está disponível em livre acesso:

Endocrinologistas e generalistas (médicos internistas e médicos de família especialmente) aguardam pelo relatório da ADA e pela posição do FDA para avaliar os rumos que serão tomados em relação ao medicamento.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Programa Ágora - CEABSF (EAD) - Edital 2o Semestre de 2010



Programa ÁGORA

Ágora.[Do grego agorá] S.f. Praça das antigas cidades gregas, na qual se fazia o comércio e onde se reuniam, muitas vezes, as assembléias do povo. (Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).


Ágora é um programa interdisciplinar, interdepartamental, interunidades e interinstitucional que articula ensino - pesquisa - extensão, implementado pelo Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG (NESCON), responsável pelo Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde a Família – CEABSF – seu principal projeto.

Participam as faculdades de Educação, Medicina e Odontologia e a Escola de Enfermagem da UFMG, a Cátedra UNESCO de Educação Continuada, e o Centro de Apoio à Educação a Distância - CAED. Integra o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB e a Universidade Aberta do SUS – UNA-SUS.

É apoiado pelo Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. O CEABSF – oferecido na modalidade Educação a Distância e oferecido aos profissionais médicos, cirurgiões-dentistas e enfermeiros integrantes de equipes de Saúde da Família.

Neste Edital há a abertura de vagas para Equipes dos Núcleos de Apoio ao Saúde da Família, da área da Educação Física. Ainda não há previsão de abertura para outros profissionais da saúde envolvidos com os NASF.



Maiores informações:


http://www.nescon.medicina.ufmg.br/agora/

http://agora.nescon.medicina.ufmg.br/inscricao/editais/CEABSF_2010-2_PSF.PDF