O periódico BMC Public Health publicou uma revisão sistemática da literatura comparando duas diferentes estratégias para melhorar a saúde de populações prioritárias: desenvolver programas focados em seus principais problemas de saúde, ou integrar esses programas às funções principais do sistema de saúde. Apesar da pouca evidência disponível, os modelos integrados mostraram ser capazes de aumentar a adesão ao tratamento por pessoas difíceis de se alcançar ou resistentes a tratamento. Além disso, os modelos integrados mostraram trazer melhorias na qualidade do cuidado, em desfechos clínicos, na satisfação dos pacientes, e na alocação dos recursos.
Assim como outros aspectos das políticas de saúde, a opção entre modelos verticais ou horizontais depende de muito mais do que de evidências científicas. Mas o mundo vive um momento em que grandes fortunas são colocadas em serviços focais, a título de uma suposta racionalidade utilitária. Por isso mesmo, vale a pena voltar a destacar que os sistemas de saúde integrados são os que trazem os melhores resultados — sem adição de custo.
Publicado por Leonardo Ferreira Fontenelle no blog Medicina de Família.
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