quarta-feira, 29 de junho de 2011

Off-Topic: No Congresso Brasileiro de Medicina de Família


Fato: Medicina de Família causa calvice.
Foto do colega Fábio, com Fábio (MFC-BH), Fernando (MFC-Preceptor-Odilon Behrens) e Ricardo Alexandre (Preceptor-Betim)

Publicado originalmente por Ricardo Alexandre de Souza em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com

terça-feira, 28 de junho de 2011

Aumenta o número de partos cesáreos no Brasil, pelo menos é o que mostra essa coorte acompanhada no Sul do país

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011005000039&lng=en&nrm=iso&tlng=en
Partos cesáreos estão se tornando mais comuns. Até 80% dos partos com mulheres com plano de saúde. O padrão dos dias da semana também são impressionantes. Se vc olhar para o setor público, verá que quanto mais educado, maior a chance de cesárea

OBJETIVO: Descrever o padrão dos partos em uma coorte de nascimentos, comparando partos normais e cesarianos.
MÉTODOS: Todos os recém-nascidos de moradoras da área urbana de Pelotas (RS) em 2004 foram recrutados para uma coorte de nascimentos. As mães foram entrevistadas ainda no hospital, quando informações detalhadas sobre a gestação, o parto e o recém-nascido, junto com um histórico da saúde materna e características da família foram coletadas. Características maternas e o financiamento do parto foram os principais fatores estudados. Também se fez uma descrição da distribuição das cesáreas por hora do dia e dia da semana. Técnicas padrão de análise descritiva e testes qui-quadrado para comparar proporções e regressão Poisson para explorar o efeito independente de preditores da cesárea foram os métodos utilizados.
RESULTADOS: A taxa global de cesarianas foi de 45%, 36% entre pacientes do SUS e 81% no serviço privado, onde se relatou que 35% das cesarianas foram eletivas. As cesarianas foram mais freqüentes nas terças e quartas-feiras, com uma redução de cerca de um terço aos domingos, enquanto os partos normais apresentaram distribuição uniforme ao longo da semana. O horário das cesarianas no setor público e no privado foi muito diferente. A escolaridade materna se associou positivamente com a cesariana entre as mães do serviço público, mas não do privado.
CONCLUSÕES: A cesariana foi muito freqüente entre as mães mais ricas, e fortemente associada com a escolaridade materna entre pacientes do SUS. Os padrões descritos são compatíveis com a hipótese de que as cesáreas são feitas, em grande parte, para atender a conveniência das agendas dos médicos. A situação atual só será revertida com políticas radicais.


Publicado originalmente por Ricardo Alexandre de Souza em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com

segunda-feira, 27 de junho de 2011

VITÓRIA DOS RESIDENTES

ANMR - Associação Nacional dos Médicos Residentes



O governo cedeu à pressão dos médicos residentes e, na sexta-feira (24/6), editou nova Medida Provisória (MP 536/2011) reassegurando à categoria o aumento de 22% na bolsa, conquista fruto da greve de 33 dias realizada em 2010. A providência tornou-se necessária, depois da perda da vigência da MP 521/2010, deste mês, cujo texto era similar.



Para o presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Victor Lima, a articulação da categoria em assembleias estaduais, com indicativos de paralisação dos serviços, foi de grande valia para demonstrar ao governo força e indignação. "Só assim aceleraram o trâmite desta nova Medida", diz.



A MP 536 fixa a bolsa da residência em R$ 2.384,82, valor R$ 54 superior ao da MP 521/10, repondo a inflação do período. "Cabe ressaltar, contudo, a necessidade de mantermos nossa mobilização, haja visto o benefício só se tornará um direito quando virar lei", avisa Lima. "E isso exigirá a aprovação nas duas casas legislativas".



A ANMR garante a todos os residentes que a intensa articulação política realizada será mantida, não só para que a MP seja aprovada o mais brevemente possível, como também para a conquista de antigas reivindicações da categoria, como mecanismos de reajuste anual.



Cabe às associações estaduais, a partir de agora, a remarcação de novas assembleias para mudança dos rumos do movimento e de possíveis manifestações já agendadas.




Fonte: Assessoria ANMR

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Brasil: panorama das doenças cardiovasculares

16 de junho de 2011 | Shelley Wood

(Artigo original em Inglês, 10/05/11) Brasília, Brasil — De acordo com um estudo que revisou o impacto das patologias não-infecciosas no Brasil, as doenças cardiovasculares estão em declinio, provavelmente como resultado dos esforços para o controle do tabagismo e da melhoria do acesso aos cuidados primários, nessa nação sul-americana [1].
Mas, como em outros países ao redor do mundo, o aumento das taxas de obesidade, diabetes e hipertensão está ameaçando esse progresso.
Os novos números aparecem em um artigo publicado online no periódico The Lancet, em 9 maio de 2011, como parte de uma série especial que observou a saúde e cuidados de saúde no Brasil.
Segundo a Dra. Maria Inês Schmidt (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil) e seus colegas, as doenças cardiovasculares são a causa número um de morte no Brasil, onde a taxa de doenças não transmissíveis aumentou para 72% — um resultado do desenvolvimento econômico e social, dizem os autores. Embora as mortes por doenças cardiovasculares tenham diminuído 31% entre 1996 e 2007, a taxa de mortalidade por essas patologias no Brasil permanece entre as mais altas na América do Sul, em 286 por 100.000 pessoas em 2004. Em comparação, a taxa de mortalidade por doença cardiovascular nos EUA é de 179 por 100.000 e de 175 por 100.000 no Reino Unido.
Um panorama dos fatores de risco, obtido de uma série de diferentes fontes citadas no artigo, indica que 24% das mulheres e 17% dos homens acima dos 20 anos têm o diagnóstico de hipertensão arterial, número que aumentará para 50% ou mais, entre homens e mulheres com mais de 60 anos. A hipercolesterolemia é igualmente prevalente, observada em 22% dos adultos, subindo para 33% em adultos urbanos na idade de 45 anos.
Outros dados apontam para taxas crescentes de diabetes auto-referido, um aumento de 3,3% em 1998 para 5,3% em 2008. Só recentemente o Brasil tem realizado pesquisas sobre níveis de atividade física e dieta, mas estudos recentes sugerem que os adultos brasileiros, como em tantos países ao redor do globo, estão ficando mais pesados, com uma tendência rumo ao sobrepeso e à obesidade, entre os grupos socioeconômicos mais baixos.
No lado positivo, a prevalência de fumantes caiu dramaticamente, de quase 35% em 1989 para 17,2% em 2009. A cardiopatia reumática também diminuiu, sendo responsável por menos de 1% das mortes por etiologia cardiovascular em 2007.
Enquanto que a mortalidade por doença cardíaca isquêmica diminuiu 26% na década estudada, as mortes por doença cardíaca hipertensiva aumentaram 11% durante este período. Mais de um quarto de todas as internações em 2007 foram por doenças cardiovasculares em indivíduos com 60 anos ou mais de idade; neste grupo etário, a insuficiência cardíaca congestiva é a causa mais comum de internação hospitalar.
Notavelmente, as doenças cardiovasculares não são patologias de ricos no Brasil — em um estudo, a mortalidade por doenças cardiovasculares entre os moradores da área urbana na cidade de Porto Alegre foi 163% maior em bairros classificados no quartil mais baixo para o nível socioeconômico, em comparação com o quartil mais alto.
Os autores concluem alertando que os ganhos obtidos no combate à doença cardiovascular podem estar em um momento decisivo: "As tendências desfavoráveis para a maior parte dos principais fatores de risco mostram a necessidade de medidas adicionais e oportunas, especialmente na forma da legislação e regulamentação", concluíram Inês Schmidt e seus colegas.

Publicado originalmente por Ricardo Alexandre de Souza em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Entrevista de Bárbara Starfield ao Jornal InterAtivo


(Entrevista concedida ao então diretor de informática da AMMFC e SBMFC, Leonardo C M Savassi no XI Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, no Rio de Janeiro)

Read in English below


Entrevistada por Leonardo Savassi no Hotel Glória (RJ)

InterAtivo - Quais poderiam ser as estratégias para ampliar e / ou totalmente implementar a Atenção Primária no Brasil?
Barbara Starfield - Há a possibilidade para o Brasil se tornar o líder em cuidados primários da América Latina, desde que o interesse que os profissionais na publicação dos temas sejam demonstrados. Houve um upgrade nas publicações da OMS e estamos em um momento muito favorável a esses temas. A comunidade médica está levantando contra a indústria farmacológica, o que mostra a importância das ações de promoção e prevenção em saúde. Considero que algumas estratégias poderiam ser o aumento de publicações e pesquisa, e uma melhor avaliação das ações.

IA - Qual a sua impressão sobre a Medicina de Família nos EUA?
BS - (faz uma cara feia). No meu país os especialistas são poderosos e controlam as escolas de medicina. Não há interesse em ensinar os profissionais sobre Atenção Básica. Os dados existentes nesta edição são pobres e mal conhecido pelos profissionais, apesar de já estarem publicados.

IA - Qual a sua opinião sobre o problema entre os Médicos de Família versus outros especialistas?
BS - Como exemplo, posso citar a Espanha, onde o médico de família primeiro só poderia cuidar de Pacientes acima de 14 anos. Atualmente, ele está Autorizado para atender Pacientes mais de 7 anos (até 7 anos, só o pediatra pode consultar). Mas em áreas com população com menos de 6000 habitantes o médico de família atende todos os membros da comunidade. Uma estratégia poderia ser para convencer o especialista de que é "muito importante", agindo como um consultor para os profissionais de medicina familiar. Em nenhum país ao redor do mundo existe tal abordagem, exceto pelo Reino Unido que iniciou esta metodologia recentemente, e não pode ser avaliado ainda. Se o Brasil poderia fazê-lo, estará na liderança.

IA - No Brasil, as escolas médicas não formam um médico generalista completo. Costumo dizer que estamos formando médicos "pré-residentes" (não está pronto para a prática clínica).
BS - Na União Europeia, os médicos passam por três anos de residência em Medicina da Família. Esses profissionais são aqueles que ensinam os generalistas, como consultores. Considero que o processo de mudança de generalista para especialista - até mesmo em medicina familiar - sem uma formação adicional não é interessante.

IA - Considerando que esta é a 10 ª vez que você vem para o Brasil, como você vê a mudança na Atenção Primária em nosso país?
BS - Embora esta seja a minha visita 10 neste país, eu não posso fazer tal avaliação, pois em visitas anteriores eu estava em cidades diferentes, e considero difícil medir essas diferenças. Eu vejo com bons olhos os esforços do Governo na melhoria da qualidade na Atenção Básica. O Governo Brasileiro comprou da UNESCO 25,000 números do meu livro ("Primary Care") e, recentemente, mais 5000 para ser distribuído aos profissionais que atuam na Atenção Primária. Outro fato que considero relevante é o fato de ser chamada com mais freqüência para vir ao Brasil para discutir Atenção Básica.

Com a diretora Andréa Magalhães e ao fundo o Pão de Açúcar




English Version:

InterAtivo - Whose could be the strategies to amplify and/or fully implemment the Primary Care in Brazil?
Barbara Starfield - There is a possibility to Brazil become the leader in Latin América’s primary care, since the interest that the professionals are showing on the theme’s publication. There was an upgrade in WHO publications and we are in a very favorable moment to these themes. The medical community is raising against the pharmacological industries, what shows the importance of the actions of promotion and prevention in health. I Consider that some strategies could be the increase of publications and research, and a better evaluation of the actions.

IA - What is your impression about the Family Medicine in USA?
BS - (makes an ugly face). In my country the specialists are powerfull and controll the medical schools. There is no interest in teaching professionals about Primary Care. The existent data in this issue are poor and badly known by the professionals, although they are already published.
IA - What is your view about the problem between Family Doctors versus other specialists?
BS - As an example, I can citate Spain, where the family doctor first could only take care of pacients over 14 years. Nowadays, he’s autorized to attend pacients over 7 years (untill 7 yr, only the pediatrician can be consulted). But in areas with population under 6000 inhabitants the family doctor attends all of the community members. An strategie could be to convince the specialist of it’s “great importance”, acting like a consultor to the medicine family professionals. In no country arround the world there is such approach, except by UK that started this metodology recently, and cannot be evaluated yet. If Brazil could do it, will be at lead.

IA - In Brazil, Medical Schools do not graduate a complete General Practioner. I use to say that we are graduating “pre-residence” doctors (not ready for the clinical practice).
BS - In the European Union, physicians pass through 3 years of residence in Family Medicine. These professionals are the ones who teach the generalists, as consultors. I consider that the changing process from generalist to specialist – even in family practice - without a aditional formation is not interesting.

IA - Considering that this is the 10th time you come to Brazil, how do you see the change in Primary Care in our countrie?
BS - Although this is my 10th visit in this countrie, i cannot make such evaluation, because in prior visits I was in different cities, and consider dificult to measure these differences. I see with good eyes the efforts of the governament in improving the quality in Primary Care. Brazillian governament bought from UNESCO 25.000 numbers of my book (“Primary Care”), and recently more 5000 to be distributed to the proffessionals that act in Primary Atention. Other fact that I consider relevant is the fact of being called more frequently to come to Brazil to discuss Primary Care.

Publicado originalmente por Leonardo C M Savassi

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Entrevista Iona Heath (Presidente do Royal College of General Practitioners)

Entrevista com Iona Heath 
Presidente do Royal College of General Practitioners

Biografia

Iona Heath trabalha como GP em Londres desde 1975 e se aposentou no ano passado. Ocupou várias funções no Royal College of General Practitioners (RCGP), incluindo presidente da Comissão de Ética, do Comitê Internacional, e do Grupo Permanente de desigualdades de saúde . Ela foi vice-presidente do colégio e em 2009 foi eleito presidente. Ela presidiu o Comitê de Ética do British Medical Journal (BMJ)de 2004 a 2009 e escreve uma coluna regular para o BMJ.

Por que você decidiu ser uma GP? 

Quando contei ao meu médico de família que eu ia fazer medicina, ele me disse: "Na prática geral as pessoas se acomodam e as doenças vêm e vão. No hospital as doenças estacionam e as pessoas vêm e vão ", trabalhar em hospitais confirmou isso. Eu percebi que gosto de ver as pessoas em suas próprias roupas e casas e não o podem tornar-se despersonalizado no hospital, por muito que tente. 


Então, por que você se tornou presidente da RCGP? 

Isso foi um acidente, na verdade. Minha ilustre carreira foi quase totalmente baseada na sorte, e estar no lugar certo na hora certa. Comecei a me envolver com o RCGP por engano. 

Houve uma grande polêmica quando o colégio, que era responsável pela inspeção da qualidade de programas de formação, ameaçou suspender a formação na região nordeste do Tamisa. Isso significava que os estagiários iriam sofrer e nós, como formadores, ficamos muito agitados com isso. 

Eu percebi na eleição para o Conselho RCGP, que eles distribuíram uma declaração de 50 palavras para os seus membros todo. Então eu escrevi sobre o que estava acontecendo em Thames nordeste. Eu só pretendia ter o meu comunicado distribuído e não percebi que era tão fácil de ser eleito. 

Desde então, tenho tido muitas oportunidades na RCGP, e me preparei para presidência, que eu acho que é algo que posso fazer bem - edificando a moral do GP e destacando-lhes o seu valor imenso. 

É também um bom projeto de transição para a reforma. Eu parei de ver os pacientes e tenho três anos na presidência. Até lá eu vou ter esquecido o que é ser uma GP, para então pode tomar para o meu tricô e netos. 


Muitas pessoas sentem os médicos têm perdido influência política nos últimos anos.O que você acha sobre isso? 

É interessante que os leigos que se envolvem com a prática geral, são muito críticas dos médicos por não defender sua base política de maneira mais eficaz. Temos sido tão suscetíveis a acusações de paternalismo, de estar em um pedestal e viver numa torre de marfim. Através disto fomos dolorosamente sensíveis e muito interessados em descer de nosso pedestal. Ao fazer isso, traímos a nossa responsabilidade para discutir sobre a integridade da medicina nós mesmos. 

Estamos vivendo um momento histórico lamentável, em que os computadores permitem que as coisas que não puderam ser medidas antes 
sejam medidasAssim, estamos obcecados com medições, 99% das quais provavelmente não desempenham nenhum papel construtivo no funcionamento da sociedade, ou dos cuidados médicos. 

Nós agora temos os políticos dizendo que não vão tolerar quaisquer doutores abaixo da média, que é simplesmente não entender o significado da média. 

A questão é que a qualidade da assistência médica está sendo reduzida para "tickboxes" e "redes de desfechos", e a educação médica a uma série de competências. Posteriormente, a base de conhecimento amplo da medicina será invalidado e sutilmente diminuído. O núcleo de medicina, como os médicos obtém os seus conhecimentos, em seguida, fazer julgamentos sobre pessoas individualmente está sendo perdido, porque não podemos "medir" isso. 


Então chegou a hora para os médicos se levantarem de novo? 

Exatamente, e com alguma sorte, com MTAS [Medical Training Application Services], teremos uma nova radicalidade nos novos médicos. As pessoas podem dizer que as novas gerações estão completamente desinteressadas ​​em política. No entanto, a ação vista em relação às questões ambientais e corrupção mostra que isto é completamente falso, apenas que existem diferenças de opinião sobre quais são as verdadeiras questões políticas. 

Não é um desafio para os jovens médicos para voltar a lutar por isto. Um educador médico me disse: "É tempo que os médicos tinham a confiança em suas próprias habilidades e conhecimentos para ensinar a eles mesmos. Eles sempre nos ensinaram que eles próprios. e que eles precisam para continuar a ensinar a eles mesmos. " 

O sinal de uma disciplina coerente é aquele que faz a sua própria investigação e ensino. No entanto, apesar de você sempre pode tornar o seu conhecimento mais rico, tendo perícia fora da sua disciplina, você não deve abdicar de sua responsabilidade. 


Que conselho você daria aos estudantes de medicina? 

A General Practice é um lugar incrivelmente excitante para se estar, mas na verdade todos nós precisamos uns dos outros. A relação sinérgica maravilhosamente pode existir entre especialista e medicina generalista. Nós apenas precisamos de muito valor um ao outro. 

Em segundo lugar, um problema para os estudantes de medicina é esse negócio de ter que decidir o que você quer estar em um nível FY2 [Foundation Year 2]. Então, você é colocado na máquina de salsicha. Quase todos da minha geração mudaram de idéia em algum ponto e passou de uma especialidade para outra. Na verdade, movendo-se por aí e descobrindo o que você queria resolver,  você poderia então trazer diferentes habilidades para uma arena. 

Por fim, acreditar em si mesmo e que os médicos são uma força para o bem. A maioria das pessoas vão para medicina, porque eles querem fazer do mundo um lugar melhor, e isso ainda é possível.

domingo, 12 de junho de 2011

Morte de uma referência

É com pesar que esse blog vem noticiar a morte de uma das grandes pesquisadoras e defensora da Atenção Primária em Saúde. Nossos Sentimentos pela perda de Bárbara Starfield.

Publicado originalmente por Ricardo Alexandre de Souza em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mestrado Profissional em APS - ênfase Estratégia de Saúde da Família

Inscrições até 7 de junho

As inscrições para o Mestrado Profissional em Atenção Primária em Saúde com ênfase na Estratégia de Saúde da Família estão abertas até 7 de junho.

O curso da ENSP ocorre em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) do Rio de Janeiro, com a finalidade de fomentar a produção de novos conhecimentos e inovação na atenção primária à saúde na cidade do Rio de Janeiro, integrando parcerias entre instituições acadêmicas e a rede municipal de saúde.

Público alvo: profissionais da área de Saúde - médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, fonoaudiólogos, profissionais de educação física - que atuam na Estratégia de Saúde da Família e apoio matricial às Equipes de Saúde da Família no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Estão aptos a concorrer às vagas profissionais que atuem como servidores públicos ou contratados em regime de CLT nessas áreas específicas.

Vagas: 22 vagas

Objetivo: sistematizar o conhecimento técnico-científico produzido na prática dos profissionais de saúde, visando à ampliação e desenvolvimento de competências que qualifiquem o trabalho na Atenção Primária em Saúde (APS), com ênfase na Estratégia de Saúde da Família (ESF), e contribuam para o fortalecimento do SUS.

Linhas de ação : desenvolvimento de competências para realizar a Gestão do Cuidado do indivíduo, da família e da comunidade; atividades de Educação em Saúde (preceptoria, educação permanente, metodologias de ensino e aprendizagem) no âmbito da ESF; Produção de Conhecimento em Serviços de Saúde; entre outros.

Início: previsto para 1º de setembro de 2011 e término em agosto de 2013, integra o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da ENSP, uma iniciativa acadêmica reconhecida pela Capes/MEC.

Duração: máximo 24 meses, desenvolvido em turma única, com o máximo de 22 e mínimo de 16 alunos.

Seleção: de 29/6 a 3/8 e será realizada por uma comissão formada por docentes credenciados no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde Pública (PPGSS-SP/ENSP/FIOCRUZ)

Etapas: a primeira, eliminatória, constituída de prova de inglês. A segunda etapa, de caráter eliminatório e classificatório, consistirá em prova de conhecimentos específicos. A terceira e última etapa será uma entrevista, de caráter classificatório.

Resultado final: será divulgado em 5 de agosto na Plataforma Siga. Vale lembrar que informações não serão fornecidas por telefone.

Mais informações: acesso o edital ou por meio da Plataforma Siga, em www.sigass.fiocruz.br, no link Inscrição, em Saúde Pública ENSP. Para fazer a inscrição, os candidatos devem preencher o formulário eletrônico, também disponível na Plataforma Siga, que, posteriormente, deverá ser impresso, assinado e encaminhado, via Correios (Sedex 10), junto com os documentos exigidos.

Publicado originalmente por Leonardo Savassi