O Diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose de intensidade variável, detectada, pela primeira vez, durante a gestação.
Esse distúrbio é uma das complicações mais comuns da gestação, com uma prevalência de 2 a 15%, dependendo da população estudada e dos critérios diagnósticos utilizados. A despeito da hiperglicemia ser de intensidade leve, na maioria dos casos, o DMG mal controlado também resulta numa elevada morbidade materna e fetal (original).
São fatores de risco para o DMG:
- IMC maior que 30
- Gestação anterior que gerou criança com mais que 4,5 kg
- DMG prévia
- Parente de primeiro grau com diabetes
É possível encontrar um artigo de Montenegro (2000) que traz informações pertinentes e discute a questão do DMG, aqui. Aliás, este artigo tem uma excelência em si só. Muito útil e com várias informações complementares, valendo a pena ler.
É interessante e fundamental que o médico e/ou enfermeiro expliquem qual a importância do teste de tolerância a glicose (TTG) e como ele é realizado. Um teste difícil, para quem já está com os hormônios diferentes do normal, com uma criança no ventre, fica mais difícil do que já é. Chegar ao centro de exames ciente do procedimento a ser realizado facilita e diminui o número de falhas diagnósticas. O TTG deve ser realizado entre a 24ª e 28ª semana, segundo a força-tarefa americana, anterior a isso tem pouca evidência de benefício.
São complicações comuns da DMG (original):
- macrossomia, com conseqüente aumento da indicação de partos cesáreos,
- hipoglicemia,
- policitemia,
- icterícia neonatal,
- hipocalcemia e aumento de duas a três vezes do risco de malformações congênitas
Alguns links interessantes:
Podem ainda conferir um excelente guia para pre-natal e puerperio de Ribeirão Preto.
Informações aos pacientes, aqui.
Informações da linha-guia inglesa, aqui.
E informações da linha-guia da força-tarefa americana aqui
Publicado originalmente em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com/
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