quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Guidelines para dor lombar: MFCs não seguem.

Low Back Pain and Best Practice Care
A Survey of General Practice Physicians

(Ou... guideline isolado não muda a prática)


Artigo do Archieves of Internal Medicine sobre Dor lombar, com o objetivo de descrever os cuidados habituais fornecidos pelos Médicos de Família (GPs), e comparar com as recomendações internacionais de boas práticas em Medicina Baseada em Evidência para a gestão de dor lombalgia aguda.

Os autores avaliaram consultas aos GPs por novo episódio de lombalgia, mapeadas para as principais recomendações de diretrizes de tratamento. Avaliou-se a proporção em que o cuidado ao paciente pelo GP alinhou-se com essas recomendações-chave entre 2005 e 2008 e, separadamente, para o período anterior ao lançamento da orientação local em 2004 (2001-2004).

Embora as diretrizes desencorajem, mais de um quarto dos pacientes foram encaminhados para exames complementares de imagem. As diretrizes recomendam que o atendimento inicial deve concentrar-se em orientações e analgésicos simples, mas apenas 20,5% e 17,7% dos pacientes receberam esses tratamentos, respectivamente. Em vez disso, os analgésicos foram desde anti-inflamatórios não esteróides (37,4%) a opiáceos (19,6%). Este padrão de cuidado foi o mesmo nos períodos antes e depois do lançamento da orientação local.

Os autores concluem que o cuidado fornecido pelo GPs para lombalgia não corresponde ao preconizado em guidelines internacionais e que esta situação não melhorou ao longo do tempo. O cuidado atualmente prestado pode contribuir para os elevados custos da gestão da lombalgia, e alguns aspectos do atendimento prestado apresentam um risco maior de efeitos adversos.


Lembrem-se que os teóricos da ensinagem de adultos preconizam que guidelines devem ser elaborados conjuntamente com quem os aplicará, para que possam se sentir inclusos no processo e assim passar a segui-los.

Livre acesso ao artigo:

Arch Intern Med

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