Preliminary Results: Surveillance for Guillain-Barré Syndrome After Receipt of Influenza A (H1N1) 2009 Monovalent Vaccine --- United States, 2009--2010
Novos dados do Centers for Disease Control (CDC) reforçam a evidência de que o risco para a síndrome de Guillain-Barré (GBS), associada com a vacina H1N1 2009 é semelhante ao risco observado com as vacinas da gripe sazonal, de acordo com um relatório de Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR).
Para monitorar a segurança da vacina monovalente para a gripe A (H1N1) 2009, vários sistemas de vigilância federal, incluindo o programa de infecções emergentes do CDC (Emerging Infections Program - EIP), estão sendo usados
A análise dos dados do CDC de outubro de 2009 a março 2010 constatou que a incidência de GBS foi 1,92 por 100.000 pessoas-ano entre os indivíduos vacinados e 1,21 por 100.000 pessoas-ano entre os não vacinados. A incidência entre a população vacinada foi calculada dividindo o número de casos de GBS vacinados dentro da janela de risco pelo tempo total de pessoas em risco após a vacinação. A incidência entre a população não vacinada foi calculada dividindo o número de casos de GBS não expostos à vacina ou expostos à vacina fora da janela de risco pelo tempo total de pessoas-não expostos à vacina H1N1 em 2009.
Segundo o CDC, se os dados finais confirmam esta conclusão então isso se traduziria em excesso GBS 0,8 casos para cada milhão de vacinações - uma taxa comparável àquela encontrada com a vacinação contra a gripe sazonal.
Assim, se os dados estiverem corretos, vai caindo mais um argumento contra a vacinação. A grande dúvida continua a ser se uma doença com baixa mortalidade relativa justificaria uma vacinação em tão larga escala como tem sido feito no mundo.
Há muita gente que ainda questiona a vacina H1N1, mas ao menos em termos de segurança e defesa contra a doença, parece haver evidências suficientes de que a eficácia é adequada.
Veja o mapa da H1N1 no mundo na semana epidemiológica 19:
No Brasil, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza H1N1 chegou ao fim no dia 2 de junho, mas os estados e municípios que não atingiram a meta em grupos já imunizados devem reforçar as ações para garantir a cobertura mínima de 80% para todos os grupos.
As secretarias estaduais e municipais de saúde poderão continuar imunizando crianças com mais de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e adultos de 20 a 39 anos enquanto houver disponibilidade da vacina.
Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, foram imunizadas 70,5 milhões de pessoas, o que representa 80% do público-alvo dos grupos convocados até o momento. A cobertura de profissionais de saúde, portadores de doenças crônicas e crianças de 6 meses a menores de 2 anos atingiu 100%, dados de 31 de maio .
Já em relação à pandemia, segundo informações do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (Sinan), dados de 11 de maio de 2010, no período que compreende as semanas epidemiológicas 1 a 18 de 2010 (3/1/2010 a 8/5/2010), foram notificados 4.533 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Deste total, 12% (540/4.533) foram confirmados para influenza pandêmica (H1N1) 2009 no Brasil. Os dados foram disponibilizados no informe técnico de maio do Ministério da Saúde
Acesse o artigo do MMWR:
Acesse o site do Ministério da Saúde (Brasil):
Notícias anteriores do Blog Medicina de Família:
Educação em Saúde: Influenza: aprender e cuidar (Material Didático)
PROTOCOLO ENFRENTAMENTO INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) 2009: AÇÕES DA APS
Leia também (Blog da Diretoria de Educação na Saúde de Betim):Residência Médica de Betim promove capacitação em H1N1
Atualizando:
Para aqueles partidários das teorias da conspiração, um grupo editorial sério (BMJ Publishing Group) traz uma postagem bem interessante no British Medical Journal :
Conflicts of Interest -WHO and the pandemic flu "conspiracies"
Segundo os autores, Deborah Cohen, editora de recursos, BMJ, e Philip Carter, jornalista do Bureau of Investigative Journalism, em Londres, os principais cientistas que aconselharam a Organização Mundial de Saúde sobre o planejamento para uma pandemia de influenza tinha feito um trabalho remunerado para as empresas farmacêuticas que tiveram ganhos com a orientação que eles estavam preparando. Estes conflitos de interesses nunca foram divulgados publicamente pela OMS, e que tem rejeitado pedidos para a sua manipulação da pandemia de H1N1 como "teorias da conspiração." O artigo debate também as posturas das principais agências envolvidas em recomendações.Acesse o artigo de 03 de junho de 2010:
http://medicinafamiliar.info/2010/06/03/terrorismo-sanitario-la-oms-decide-mantener-la-alerta-de-la-pandemia-de-gripe-a/
ResponderExcluirPrezado,
ResponderExcluirNão há nenhum registro ou comprovação de que a vacina contra Influenza H1N1 cause Síndrome de Guillain-Barré. Esta imunização já foi aplicada em mais de 300 milhões de pessoas no Hemisfério Norte, sem efeitos colaterais graves ou constatação desta síndrome! A vacina é segura e protege a população. A vacina é segura, eficaz e protege a população. Mais de 400 mil pessoas já foram imunizadas no mundo, 70 milhões no Brasil, evidenciam que os eventos adversos associados a vacina são raros e, quando ocorrem, de leve intensidade.
Att,
Ministério da Saúde
fernanda.scavacini@saude.gov.br
Fernanda,
ResponderExcluirVejo com excelentes olhos a postura do Ministério da Saúde de monitorar publicações em saúde, que vai de encontro com a necessidade de haver maior esclarecimento a população em uma rede onde qualquer bobagem pode ser postada livremente. E onde as teorias de conspiração ganham multiplicadores em uma rede de boatos nociva e inconsequente.
Compartilhamos neste blog os achados do MMWR do CDC de Atlanta, que aponta a inequívoca segurança da vacina, mas que também conclui:
"Preliminary results from an analysis in EIP comparing GBS patients hospitalized through March 31, 2010, who did and did not receive 2009 H1N1 vaccination showed an estimated age-adjusted rate ratio of 1.77 (GBS incidence of 1.92 per 100,000 person-years among vaccinated persons and 1.21 per 100,000 person-years among unvaccinated persons). If end-of-surveillance analysis confirms this finding, this would correspond to 0.8 excess cases of GBS per 1 million vaccinations, similar to that found in seasonal influenza vaccines" (Fonte: MMWR/CDC, 04 de junho de 2010).
Ou seja, a vacina demonstra ser TÃO SEGURA quanto a vacina sazonal, e o risco (mínimo, diga-se de passagem) seria de apenas 0,8 caso por um milhão de vacinas aplicadas para o desenvolvimento Guillain-Barré. Esta é a evidência atual publicada pelo Centers for Disease Control estadunidense.
Atenciosamente,
Leonardo Savassi
Leonardo Savassi,
ResponderExcluirO Ministério da Saúde está a disposição para esclarecer outras dúvidas sobre o Influenza h1n1. O Ministério está presente também no facebook e no twitter. Para mais informações visite o site www.vacinacaoinfluenza.com.br
Att,
Ministério da Saúde
fernanda.scavacini@saude.gov.br
Léo, o MS tá lendo o que tu escreveu ou apenas se limita a comentar sem prestar atenção? Parece que você tá falando pras paredes...
ResponderExcluirParabéns pelo blog. Como você falou, as críticas relacionadas à segurança da vacina parece que começam a se esvair. Falta "somente" convencer sobre a necessidade da vacinação.
Grande abraço,
Rodrigo Lima