Assessment: Symptomatic treatment for muscle cramps (an evidence-based review)
Report of the Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee of the American Academy of NeurologyUma linha-guia da Academia Americana de Neurologia (AAN) sobre o tratamento sintomático das cãimbras musculares foi publicada no periódico Neurology.
Desde 2006, quando o Food and Drug Administration (FDA) alertou para o risco do uso de sulfato de quinina e seus derivados no tratamento de cãibras musculares, as opções de tratamento para pacientes com cãibras musculares se tornaram muito limitadas. Assim, a AAN realizou uma revisão sistemática das evidências cientíicas para o tratamento sintomático de cãibras musculares.
De 563 artigos analisados, 24 preencheram os critérios de inclusão (estudos prospectivos avaliando a eficácia do tratamento de cãibras musculares como desfecho primário ou secundário).
Foram recuperados estudos Classe I demostrando a eficácia dos derivados da quinina para o tratamento de cãibras musculares, mas com benefício modesto e relato de efeitos adversos em estudos prospectivos e relatos de caso.
Para cada um dos seguintes tratamentos, há apenas um estudo de classe II para apoiar seu uso no tratamento das cãibras musculares: Naftidrofuryl, vitaminas do complexo B, lidocaína e diltiazem.
Assim, a AAN recomenda:
1) Embora eficaz (Nível A), derivados do quinino deve ser evitados na abordagem das cãibras musculares devido ao potencial de toxicidade, restringindo-se seu uso para pacientes selecionados, levando-se em conta os potenciais efeitos colaterais.
2) Vitaminas do complexo B, Naftidrofuryl, e bloqueadores dos canais de cálcio, como diltiazem possivelmente são eficazes e podem ser considerados na abordagem das cãibras musculares (evidência nível C).
3) Mais estudos são necessários para identificar agentes eficazes e seguros para o tratamento de cãibras musculares.
Trata-se de um artigo interessante para MFCs, que lidam diariamente com sinais e sintomas inespecíficos, sendo a cãimbra um deles, especialmente em doenças nas fases iniciais, ainda pouco diferenciadas. Lembrando que é importante ter em mente as possíveis causas secundárias destes sintomas, tais como doenças renais e da tireóide.
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