Médicos ligados à indústria ditam regras de conduta
Diretrizes da AMB são feitas por médicos que têm conflitos de interesse (patrocínio e até mesmo ações das companias farmacêuticas). Chega ao cúmulo da diretriz da AMB sobre disfunção erétil ter todos os autores com conflitos, segundo a Folha de São Paulo.
Isto pode até não ser ilegal, mas é imoral. E engorda (os bolsos de alguns).
MÉDICOS DE FAMÍLIA (MFCs) não são bajulados por representantes de laboratório, não tem viagens pagas pelas farmacêuticas, se ocupam de 85% de todos os problemas de saúde e a sua Sociedade Científica (SBMFC) também não tem patrocínio da indústria farmacêutica. Seriam profissionais idealmente indicados para, ao menos participarem das diretrizes que envolvam qualquer doença, problema de saúde ou motivo de consulta em ambulatório.
Se a idéia do cardiologista Jadelson de Andrade* vingar (o governo destinar uma verba para a produção de diretrizes clínicas formuladas por pessoas isentas de conflitos), seríam os MFCs os contratados.
Resta saber se as coorporações permitiriam isto e se, caso os MFCs brasileiros tivéssemos a autonomia dos GPs ingleses, não passaríamos a ser a bola da vez da indústria, recebendo os presentinhos que hoje são dados aos fazedores de protocolos? Manteríamos a nossa atual neutralidade e autonomia?
#ficaapergunta
* coordenador das diretrizes da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia)
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