Uma das formas de mensurar a saúde é a auto-percepção em saúde. Levando em consideração os aspectos da vizinhança, mostra como a auto-avaliação varia com diferentes fatores.
O objetivo foi investigar a associação entre o contexto sociodemográfico e ambiental e a autopercepção de saúde. Realizou-se um estudo transversal de base populacional com uma amostra aleatória de 38 vizinhanças (setor censitário) e 1.100 adultos de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil. A análise dos dados utilizou regressão logística multinível. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no ano 2000, as médias de renda e anos de estudo do chefe do domicílio, e o número de residentes por vizinhança eram R$955,00 (DP = 586), 8 anos (DP = 3) e 746 (DP = 358), respectivamente. Após o controle por aspectos sociodemográficos, comportamentais e relacionados ao serviço no nível individual, as chances de relatar uma autopercepção de saúde como razoável ou ruim eram cerca de duas vezes maiores em vizinhanças mais populosas (OR = 2,04; IC95%: 1,15-3,61) e nas com baixa renda (RP = 2,29; IC95%: 1,16-4,50), quando comparadas às com baixo número de residentes e com alta renda. Resultados sugerem que a autopercepção de saúde depende das características do indivíduo e do contexto sociodemográfico em que ele vive.
Fonte e artigo original: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2010001200015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
Publicado originalmente em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com
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