sábado, 23 de abril de 2011

Quem trabalha muito... morre?

Using Additional Information on Working Hours to Predict Coronary Heart Disease
A Cohort Study

Ao estimar o risco dos pacientes para a doença cardíaca coronariana, avaliação do tempo de seu dia de trabalho acrescenta modestamente, mas de forma significativa a sensibilidade do escore de Framingham, segundo um artigo do Annals of Internal Medicine.

Usando uma coorte de cerca de 7000 funcionários públicos britânicos e sem doença coronariana aparente no início, os investigadores recolheram a informação para verificar os escores de risco de Framingham, bem como o número de horas trabalhadas em um dia típico.

O seguimento durou uma média de 12 anos. Após o ajuste para o escore de Framingham, os participantes trabalham 11 horas ou mais por dia tiveram um aumento de 67% de risco para doença coronariana, em comparação com aqueles que trabalham o normal de 7 ou 8 horas. Os autores advertem que "são necessários mais testes para confirmar o valor acrescentado de informação sobre as longas horas de trabalho para a tomada de decisão clínica."

Leia o abstract abaixo. Infelizmente o artigo não está disponível como livre acesso.

Annals of Internal Medicine (Free abstract)

Abstract

Background: Long working hours are associated with increased risk for coronary heart disease (CHD). Adding information on long hours to traditional risk factors for CHD may help to improve risk prediction for this condition. Objective: To examine whether information on long working hours improves the ability of the Framingham risk model to predict CHD in a low-risk, employed population. Design: Cohort study with baseline medical examination performed between 1991 and 1993 and prospective follow-up for incident CHD performed until 2004.

Setting: Civil service departments in London (the Whitehall II study). Participants: 7095 adults (2109 women and 4986 men) aged 39 to 62 years working full-time without CHD at baseline.

Measurements: Working hours and the Framingham risk score were measured at baseline. Coronary death and nonfatal myocardial infarction were ascertained from medical screenings every 5 years, hospital data, and registry linkage.

Results: 192 participants had incident CHD during a median 12.3-year follow-up. After adjustment for their Framingham risk score, participants working 11 hours or more per day had a 1.67-fold (95% CI, 1.10- to 2.55-fold) increased risk for CHD compared with participants working 7 to 8 hours per day. Adding working hours to the Framingham risk score led to a net reclassification improvement of 4.7% (P = 0.034) due to better identification of persons who later developed CHD (sensitivity gain).

Limitation: The findings may not be generalizable to populations with a larger proportion of high-risk persons and were not validated in an independent cohort.

Conclusion: Information on working hours may improve risk prediction of CHD on the basis of the Framingham risk score in low-risk, working populations.

Primary Funding Source: Medical Research Council; British Heart Foundation; Bupa Foundation; and the National Heart, Lung, and Blood Institute and National Institute on Aging of the National Institutes of Health.

http://www.annals.org/content/154/7/457.abstract

Publicado originalmente por Leonardo C M Savassi emhttp://medicinadefamiliabr.blogspot.com/

4 comentários:

  1. Os que não trabalham muito morrem também. No espaço de bilhões de anos o que significam umas décadas?

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  2. Frase de para-choque: "O trabalho danifica o homem."

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  3. Detalhe que 11 horas, 5 dias por semana, são menos de 60 horas por semana. Quantos médicos trabalham menos que isso?

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  4. Fontenelle,
    Eu conheço uma frase diferente: "O trabalho empobrece o homem"

    Abraço,
    Savassi

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