sábado, 31 de outubro de 2009

Uma citação para reflexão

“Sejamos nós profissionais (de medicina) ou leigos, não costumamos atribuir à Medicina a rápida elevação da média de vida – 20 anos na época de Cristo, 29 em 1750, 45 em 1900 e 70 anos hoje? Não costumamos atribuir a Pasteur e a Koch, ás vacinas, à quimioterapia e aos antibióticos a regressão das doenças infecciosas e a progressão da longevidade? Não é para nós uma evidência que o estado de saúde de um povo depende do número de médicos e de leitos de hospital de que dispõe, da quantidade de cuidados e de remédios que consome? Pois bem: tudo isso é mentira. A eficácia da medicina é e sempre foi reduzida! Já é hora de considerá-la em suas devidas proporções.
Um estudo de Winkelstein e French mostrou que a tuberculose matava 700 pessoas em cada 100.000 habitantes na Europa e na América no começo do século passado. Em 1882, ano em que Koch descobriu o bacilo, a tuberculose já regredira em 50 por cento. Em 1910, quando foram criados os primeiros sanatórios, a tuberculose regredira em 75 por cento. E, em seguida, nem a técnica do peneumotórax, introduzida em 1930 nem a quimioterapia, adotada depois de 1945, nem os antibióticos, aplicados com sucesso por volta de 1950 tiveram efeitos sensíveis na quedada curva.
Enfim, a regressão da tuberculose não se deve à Medicina (e consequentemente aos conhecimentos de sues fundamentos, isto é, à patologia). Apesar de contarem com a mesma observação e os mesmos cuidados médicos, os pobres continuam a contrair a tuberculose quatro vezes mais do que os ricos. De fato, a Medicina aperfeiçoou tratamentos cada vez mais eficazes; mas a batalha foi essencialmente ganha fora de sua área.”

UBRACH, Sully. Medicina e Patologia. In: MORAIS, J.F. Regis de. (org.). Construção Social da enfermidade. São Paulo, Editora Cortez & Moraes LTDA, 1978(p.147).

Aplicação do Guideline Europeu para HAS na APS

Research article    
Current European guidelines for management of arterial hypertension: Are they adequate for use in primary care? Modelling study based on the Norwegian HUNT 2 population
Petursson H, Getz L, Sigurdsson JA, Hetlevik I
BMC Family Practice 2009, 10:70 (30 October 2009)
[Abstract] [Provisional PDF]


BMC Family Practice






sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Biomarcadores de Inflamação e Trombose x Fragilidade Mulheres pós-menopausa

Inflammation and Thrombosis Biomarkers and Incident Frailty in Postmenopausal Women

(Or: "this isn't only about geriatrics")

Abstract

Fundo
Os sistemas imunológico e coagulação do sangue têm sido implicados na fisiopatologia da síndrome geriátrica de fragilidade, mas há limitados dados dados prospectivos da análise da relação de coagulação / biomarcadores de inflamação com o risco de fragilidade.

Métodos
Esta análise prospectiva foi derivada de um estudo caso-controle dentro do Women's Health Initiative. Entre mulheres de 65 a 79 anos livres da fragilidade à inclusão, foram sorteados 900 casos dentre aqueles em desenvolvimento de fragilidade dentro de 3 anos; 900 controles não-frágeis foram pareados individualmente por idade, etnia e data de coleta de sangue. Biomarcadores utilizados para avaliação de risco de fragilidade, incluíram fibrinogênio, fator VIII, dímero-D, proteína C-reativa, interleucina-6, e ativador de plasminogênio tecidual (t-PA).

Resultados
Quando examinados por quartis em multivariável modelos ajustados, D-dímero elevado e os níveis de t-PA, cada um, foram associados com maior risco de fragilidade (tendência P = .04). Em relação ao quartil mais baixo, as razões de chances de fragilidade em relação ao quartil superior foram 1,52 (95% intervalo de confiança, 1.05-2.22) para t-PA e 1,57 (95% intervalo de confiança, 1.11-2.22) para D-dímero. Para as mulheres com alta t-PA e dímero-D alto em comparação com as mulheres com níveis mais baixos de ambos os biomarcadores, as chances de fragilidade foram 2,20 (1.29-3.75). Há pouca evidência de associação entre o fator de coagulação VIII, fibrinogênio, proteína C-reativa, ou interleucina-6 e os níveis de fragilidade.

Conclusão
Esta análise prospectiva apoia o papel de marcadores do volume de negócios de fibrina e fibrinólise como preditores independentes de fragilidade incidente em mulheres pós-menopáusicas.

Acesse:
Journal Home

Arthur Kleinman blog antropologia e aps

Mensagem do Colega Leonardo Targa
(Blogs PSF Rural e Antropologia e APS)

Caros colegas
A competência cultural é uma das características da APS e deve ser estudada e aprimorada pelos MFCs.

Comunico que postei (sugestão Francisco A Oliveira) um ótimo texto sobre o assunto no blog de antropologia e aps.
O texto chama-se :

Anthropology in the Clinic: The Problem of Cultural Competency and How to Fix It
Arthur Kleinman, Peter Benson

e está disponível em www.antropologiaaps.blogspot.com

Créditos pelo envio:

Leonardo Vieira Targa
Nova Petrópolis RS
  

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Editorial do NEJM sobre APS

Primary Care and Accountable Care — Two Essential Elements of Delivery-System Reform

Diane R. Rittenhouse, M.D., M.P.H., Stephen M. Shortell, Ph.D., M.P.H., M.B.A., and Elliott S. Fisher, M.D., M.P.H.

O "patient-centered medical home" (PCMH) e o "accountable care organization" (ACO) são dois modelos em discussão para a reforma do sistema de saúde que têm abordagens complementares para atingir estes objetivos. O modelo PCMH enfatiza a criação de uma sólida fundação da atenção primária para o sistema de saúde, e o modelo ACO enfatiza o alinhamento de incentivos e de responsabilização dos prestadores de todos os cuidados continuados.

Os editorialistas discutem estes modelos na reforma estadunidense.

Acesse:

The New England Journal of Medicine

Nota: "Accountable care" pode ser traduzido de maneira simplista como "Responsabilização".

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cefaléia e abuso de medicação - cronicidade?

Pacientes con cefalea y abuso de medicación. Indicadores de respuesta al tratamiento ambulatorio
M. Gracia-Naya, S. Sánchez-Valiente, A.M. Latorre-Jiménez, C. Ríos-Gómez, S. Santos-Lasaosa, J.A. Mauri-Llerda, M.J. García-Gomara


Publicado em [REV NEUROL 2009;49:225-230] PMID: 19714551 - Original - Fecha de publicación: 01/09/2009

Introdução: Pacientes com dor de cabeça e abuso de medicamentos (CAM) são difíceis de tratar, têm uma maior tendência para a cronicidade e pior qualidade de vida do que aqueles que ocorrem com outras dores de cabeça.
Objetivos: Avaliar os indicadores de resposta dos pacientes ao tratamento ambulatorial.
Pacientes e métodos: Em uma série de pacientes com enxaqueca, selecionaou-se aqueles com critérios CAM no apêndice da Classificação Internacional da Doença de Cefaleias (CIC-2), 2006 e nunca tinham sido tratados. Pacientes ambulatoriais, foram avisados da supressão do abuso de drogas. Adaptou-se o tratamento de suas crises com medicamentos mais eficazes de prevenção e o tratamento foi iniciado com o topiramato ou flunarizina. Os pacientes foram agrupados de acordo com a persistir com CAM ou não. Foi avaliado o número de dias com dor de cabeça no mês anterior e no quarto mês de tratamento ea persistência de abusos.
Resultados: Cumpriram os critérios CAM, 178 pacientes (idade média de 40,9 anos, 88,7% mulheres). 68,5% (122 pacientes) respondeu e deixaram de cumprir os critérios CAM após o tratamento. Em ambos os grupos, os tratamentos de suas dores (triptanos, AINEs, analgésicos) e tratamentos preventivos utilizadas (topiramato ou flunarizina) foram semelhantes. O número médio de dias com cefaléia após o tratamento foi 18,52 no grupo que responderam e 20,87 (p = 0,0263) no grupo que não respondeu ao tratamento. Caiu 7,3% no grupo de tratamento preventivo contra 35% de não respondedores(p = 0,0001).
Conclusões: Maior número de dias com dor de cabeça no mês anterior ao tratamento e abandono do tratamento de prevenção foram os indicadores de desfecho ruim.

Acesso (necessário registrar-se para livre acesso):

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Divulgando: [SBMFC] blog antropologia e aps

Mensagem do colega Leonardo Targa:

Caros colegas
É com muita felicidade que comunico a criação de um espaço de aproximação entre APS e antropologia, para divulgação, debate e disposição de material (textos e referências). Convido a todos para as duas atividades de antropologia e saúde no congresso em dezembro !!!

Coloquei lá para iniciar 3 postagens:

1 - texto do Francisco Arsego de Olliveira, colega MFC e mestre em antropologia, professor da UFRGS. Revisa conceitos de disease e illness, modelos explicativos para o processo saúde-doença, propõe modelos peritonial de troca entre culturas do médico e paciente entre outras. Enquadra-se dentro de uma perspectiva interpretativista do processo saúde-doença e apresenta idéias de autores importantes como Kleinman, Helman e Geertz.

2 - postagem de referências bibliográficas útil a quem está interessado em se aprofundar na relação entre as áreas, em especial para APS.

3 - texto onde colaborei com colegas sobre patentes de medicações (propriedade intelectual).

Grande abraço e espero que seja útil a vocês. (link abaixo)

Leonardo Vieira Targa
MFC Nova Petrópolis RS
Mestrando em Antropologia Social UFRGS
Estágio Rural em Medicina de Família e Comunidade - Convênio com GHConceição



Antropologia e Atenção Primária à Saúde

Espaço de aproximação entre atenção primária à saúde (APS) e antropologia. Destinado especialmente para profissionais da saúde, estudantes e residentes interessados em enriquecer suas práticas a partir de outras perspectivas.


Visite:

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

[SBMFC] Saudação do Ministro da Saúde aos médicos pelo dia 18 de outubro

Saudação do Ministro da Saúde aos médicos pelo dia 18 de outubro

 

 

Prezados colegas médicos,

 

Quero apresentar uma calorosa e fraterna saudação a toda a categoria neste dia 18 de outubro, dia do médico. Tenho plena consciência, como ministro da saúde, da extraordinária importância dos médicos para que alcancemos, a cada dia, melhores níveis de saúde, bem estar e qualidade de vida para toda nossa população.

 

Esses dedicados profissionais, que escolhem como ideal de vida assistir os seus semelhantes,  elevaram a categoria a um grau de respeitabilidade e  confiança inalcançadas por outros setores em todas as formações sociais conhecidas. Ainda que trabalhando em condições difíceis, por vezes mal remunerados e incompreendidos, são eles a quem todos recorremos nos momentos mais aflitivos. A Medicina, que historicamente tem tanto de arte como de ciência, na prática é um ato de amor. A arte e a ciência chegam depois.

 

Na construção desta grande obra de engenharia social que é o SUS, sistema acessível e equânime a todos, os médicos tiveram papel protagonista desde os primeiros momentos. Décadas atrás, lutando contra a ditadura, os médicos constituíram com seus movimentos renovadores um dos mananciais que desaguou no SUS, inscrito em nossa Constituição como um grande processo de inclusão social.

 

Ainda nas primeiras semanas como ministro da saúde, manifestei esta minha convicção da relevância da categoria, visitando as três entidades que representam os médicos, o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos, e aí estabelecemos uma pauta que vimos tentando cumprir, mesmo com muitas incompreensões.

 

A oferta da educação permanente aos profissionais médicos, a revisão e dignificação de salários e tabelas são pontos que estamos tentando melhorar, ainda que sabendo que não se corrige um acúmulo de décadas em tão curto tempo.  Mantemos um diálogo franco e aberto com os médicos e suas entidades, que encontram abertas as portas de meu gabinete.

 

Na luta pelo financiamento estável e compatível com nosso nível de desenvolvimento, também temos sido parceiros constantes. Como ministro da saúde, tenho defendido de maneira incansável a presença permanente dos médicos no Conselho Nacional de Saúde, por entender que não se podem construir políticas sustentáveis de saúde sem a participação central da categoria. Conseguimos muitos êxitos na área da saúde pública e a grande maioria deles teve a anônima participação dos médicos, ainda que por vezes trabalhando em condições adversas.

 

Parabenizo mais uma vez aqueles que dedicam sua vida à saúde dos seus semelhantes e conclamo todos os colegas a continuarem nesta estreita sintonia pela construção de uma sociedade justa e inclusiva, o que só se logrará com uma saúde aprimorada.

 

 Um abraço fraterno,

 

 José Gomes Temporão

 Ministro da Saúde

 

   
Enviado pelo presidente da SBMFC, Gustavo Gusso, via Grupo de Discussões
Visite o site http://www.sbmfc.org.br e associe-se à SBMFC. E-mail da Secretaria da SBMFC: secretaria@sbmfc.org.br
Para enviar mensagem a todo o grupo: sbmfc@grupos.com.br
Para assinar a Lista: assinar-sbmfc@grupos.com.br



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O modelo Comunitário Inglês e a Política de Mental do Brasil: diálogos , 04 NOV

Dia 04 de novembro haverá um evento com Thornicroft para estabeler diálogo entre o modelo de psiquiatria comunitária inglês e o modelo brasileiro.

As incrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas.  
 
 
Créditos pela divulgação:
Debora silva teixeira na lista da SBMFC: sbmfc@grupos.com.br
Para assinar a Lista: assinar-sbmfc@grupos.com.br



"Regimes Complexos" de Insulina e DM2

Three-Year Efficacy of Complex Insulin Regimens in Type 2 Diabetes

Em pacientes com diabetes tipo 2 refratária, a adição de determinados regimes de insulina parece oferecer um melhor controle e menos complicações, informa o New England Journal of Medicine.

Os pesquisadores acompanharam cerca de 700 pacientes que não alcançaram o controle glicêmico com metformina e uma sulfonilureia. Os doentes foram randomizados para um dos três regimes de insulina :
* Duas vezes diárias de insulina aspart bifásica;
* Três vezes ao dia insulina aspart prandial, ou
* Uma vez por dia (duas vezes se necessário), a insulina detemir basal.

Se a hemoglobina glicosilada continuasse acima da meta após o primeiro ano, a sulfoniluréia foi substituído por um segundo tratamento de insulina:
* Meio-prandial foi adicionado ao regime bifásico;
* Basal foi adicionado ao deitar-prandial e
* Dose prandial foi adicionado ao basal.

Após 3 anos, a mediana dos valores de hemoglobina glicada (o endpoint primário) foram essencialmente idênticos entre os grupos.

Entretanto, o grupo bifásico teve maior probabilidade de atingir um nível de hemoglobina 6,5%; os grupos bifásico e prandial ganharam mais peso do que o grupo basal; a taxa global de hipoglicemia foi maior no grupo prandial.

Acesse:

The New England Journal of Medicine

Nota:

A insulina aspart tem absorção duas vezes mais rápida e o seu pico é duas vezes maior do que a insulina regular. A insulina aspart também retorna ao seu valor basal cerca de uma hora antes da insulina regular.
A insulina detemir é um análogo de insulina basal de ação prolongada com um mecanismo único de ação, que promove um perfil de ação diário do paciente teoricamente mais previsível, comparável às preparações de insulina basal disponíveis.

Regulamentação da Profissão Médica

"Em votação histórica, plenário da Câmara aprova projeto de regulamentação da
medicina

Em um momento considerado como histórico pelas lideranças médicas e políticas, e após sete anos de tramitação envolvendo lutas, concessões e acordos, a Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (21) o projeto de lei que regulamenta a medicina e estabelece quais as atividades privativas dos médicos, o PL 7.703/2006, de autoria do Senado Federal. A proposta também estabelece quais atos não são privativos do médico.
Assim, a medicina, única das 14 profissões de saúde não regulamentada, teve o seu reconhecimento social reiterado por meio da aprovação do projeto pelo Plenário da Câmara. O texto apresentado pelo deputado Eleuses Paiva (DEM-SP) na Comissão de Seguridade Social e Família foi aprovado pela maioria dos votos da liderança dos partidos. Em relação ao diagnóstico cito-patológico como privativo do médico, foram 269 votos favoráveis, 92 contrários e 6 abstenções. A proposta agora segue para referendo do Senado.
Lideranças médicas do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) permaneceram firmes no Plenário da Casa esperando que a pauta fosse destrancada e o projeto entrasse em votação em sessão extraordinária, que começou ás 19 horas.
Antes do encerramento da discussão que precedeu a votação, declararam-se favoráveis ao projeto os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Manato (PDT-ES), Eleuses Paiva (DEM-SP), Ronaldo Caiado (DEM-SP), Fernando Coruja (PPS-SC), Rafael Guerra (PSDB-MG), Darcísio Perondi (PMDB-RS), Coubert Martins (PMDB-BA), entre outros. Houve ainda o apoio do deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE) que, na mesa de trabalhos, gesticulava em apoio ao projeto.

Discussões
O deputado Eleuses Paiva (DEM-SP) classificou o momento como histórico e ressaltou a qualidade da medicina brasileira: “hoje é um momento histórico porque vamos garantir a regulamentação de uma das mais antigas profissões. Temos hoje uma das melhores medicinas do mundo, não devemos nada a outros países. Nunca nos contrapusemos à regulamentar nenhuma profissão da saúde, só reivindicamos regulamentar a nossa”.
Ronaldo Caiado (DEM-GO) lembrou que a votação representava um momento com o qual milhares de colegas vinham sonhando. “Quando todas as outras profissões foram regulamentadas, jamais tiveram nossa oposição. Todas já foram regulamentadas, só falta a profissão médica. Os médicos esperam nesse momento uma votação por unanimidade”.
José Carlos Aleluia (DEM-BA) ressaltou a relevância do projeto dizendo que “existem coisas na vida que a gente não consegue entender porque não foram feitas antes”. O deputado usou a expressão “cada macaco no seu galho” para caracterizar a alma do projeto.
Arlindo Chinaglia (PT-SP) também questionou “Por que ainda não houve a regulamentação da
medicina?”. Para ele, não há uma resposta convincente para essa pergunta. “Comemoro que no
exercício da política a gente possa fazer a defesa dos melhores valores, a começar por um SUS onde todos os profissionais devem ter direitos e deveres de acordo com o que a lei regulamentar. Sou favorável a esse projeto e peço o voto e o apoio dos parlamentares”.
Outro deputado favorável a se pronunciar foi Manato (PDT-ES). Assim como outros parlamentares, ele frisou o fato de a medicina ser a única das 14 profissões da área de saúde não regulamentada. “As outras [treze] já foram regulamentadas. Nós queremos a parceria com todas as outras profissões, mas não podemos abrir mão de regulamentar a nossa profissão”.
O deputado Dr. Ubiali (PSB-SP) falou da extensa formação do médico e da importância da atuação multiprofissional das equipes de saúde. “A multidisciplinaridade é necessária e totalmente preservada nesse projeto de regulamentação da medicina”.
O presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila reiterou diversas vezes durante a tramitação do projeto que o senso comum e a jurisprudência já entendem que compete ao médico o diagnóstico e tratamento das doenças, e que o projeto vem ratificar isso, respeitando a competências de cada uma das profissões da área de saúde.

Participação
Ocorria em Brasília o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2009. Os trabalhos foram suspensos naquela tarde e mais de 200 médicos compareceram à Câmara dos Deputados.
Na abertura dos trabalhos desta quinta-feira, 22 de outubro, o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Avila, comemorou com os conselheiros presentes a expressiva vitória “que representa um marco histórico da medicina brasileira que agora tem sua regulamentação”. A categoria aguarda agora a ratificação no Senado Federal."


Fonte:
Portal Médico - http://www.portalmedico.org.br
Informativo Nº 3 - Outubro - 2009 - Deputado Eleuses Paiva

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A carreira do MFC no Brasil

Artigo desenvolvido pelo Núcleo de MFC da Ufscar sobre a escolha da carreira de MFC

Médico de família: ser ou não ser? Dilemas envolvidos na escolha desta carreira
The Family Physician: to be or not to be? Dilemmas related to career choice

Guilherme Arantes Mello
Augustus Tadeu Relo deMattos
Bernardino Geraldo Alves Souto
Bruno José Barcellos Fontanella
Marcelo Marcos Piva Demarzo
RESUMO
A Estratégia Saúde da Família é responsável por reorganizar o Sistema Único de Saúde brasileiro por meio da Atenção Primária.O aumento substancial de programas e vagas para residência em Medicina de Família e Comunidade, ocorrido desde 2002, é uma das estratégias para suprir o crescente mercado de trabalho correspondente. Entretanto, menos da metade dessas vagas são ocupadas.Aliteratura brasileira apresenta poucas evidências sobre omotivo desta baixa procura. Alguns países que optaram pelo fortalecimento da Atenção Primária em seu sistema de saúde tambémexperimentamumacrise aparente na escolhadesta carreira pelos egressosmédicos.Neste ensaio, revisamos algumas questões envolvidas nesta escolha, apontando sua complexidade e a necessidade de investigações sistematizadas sobre as motivações dos alunos de graduação em optarem ou não por esta especialidade médica, particularmente no Brasil.


Este é um chamado "Ahead-of-print". E
O artigo faz parte da REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA 33 (3) : 475 – 482 ; 2009, que ainda não foi publicada.


O seguinte link deverá ligar à revista específica:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0100-550220090003&lng=pt&nrm=iso


Revista Brasileira de Educação Médica


Créditos pela notícia:
Marcelo Marcos Piva Demarzo
Universidade Federal de São Carlos
marcelokele@ufscar.br / (16) 33518340
http://lattes.cnpq.br/92429969 36416312
http://www.linkedin .com/pub/ dir/marcelo/ demarzo


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

São Paulo - 1º Simpósio Internacional sobre Pagamento por Performance

O Centro Paulista de Economia da Saúde convida a participarem do evento 1º Simpósio Internacional sobre Pagamento por Performance - alinhando incentivos à qualidade na saúde.
O evento reunirá palestrantes dos EUA e Inglaterra para apresentar seus modelos de pagamento por performance e discutirá algumas propostas para a nossa realidade nos sitemas de saúde público e privado.
Data: 17/11/2009

Local: Amcham Business Center

Rua da Paz, 1431 - Chacara Santo Antônio

São Paulo - SP - Brasil

Contato

Av Cândido de Abreu, 776 - sala 1307

Centro Cívico - Curitiba - Paraná - Brasil

CEP 80530-000

Phone: +55 41 . 3254 - 8086

http://www.nagis.com.br/simposio/



Responsável pela notícia:
Centro Paulista de Economia da Saúde

domingo, 18 de outubro de 2009

Morar em zona rural x depressão

Morar em zona rural diminui o aparecimento de sintomas depressivos em idosos?

"Residir em área rural altera a probabilidade de depressão?"
Foi publicado recentemente no Canadian Journal of Rural Medicine.

Uma postagem do Blog MFC Rural de
Leonardo Vieira Targa
Nova Petrópolis RS

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pílulas milagrosas de emagracimento brasileiras "fazem sucesso" internacionalmente.

American Roulette — Contaminated Dietary Supplements
Imported fenproporex-based diet pills from Brazil: a report of two cases.

Famosos por sermos a sede da Copa do Mundo (+ importante) e das Olimpíadas, estamos cada vez mais citados nos periódicos internacionais, e nossas revistas brazucas tiveram um boom no Web Of Science recentemente.

Mas também somos famosos por algumas coisas ruins. Editorial do NEJM discute a questão das "pílulas de emagrecimento" brasileiras, que além de cascara sagrada, herbais e outros contém fenproporex, diuréticos e benzodiazepínicos.

Outro artigo (este infelizmente não livre-acesso) publicado no J Gen Int Medicine, literalmente nomina as "diet pills from Brazil" em um relato de dois casos. Além de não conseguirmos evitar estes monstros, já proibidos pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e execrados pelo Conselho Federal de Medicina, com punição a quem os prescreve, agora somos notícia lá fora.

Parabéns Brasil! Sempre em destaque. Mas não nos esqueçamos também a incompetência estadunidense para barrar a "importação" dos nossos comprimidos ilícitos.

Acesse:


Imported Fenproporex-based Diet Pills from Brazil: A Report of Two Cases




terça-feira, 6 de outubro de 2009

Saúde de Família reduz gravidez na adolescência

Saúde da Família ajuda a reduzir número de jovens grávidas

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última terça-feira (22/9) mostram que o número de meninas de 10 a 19 anos grávidas caiu nos últimos dez anos. Nesta faixa etária, houve uma redução de 30,6% no número de partos de 1998 até o ano passado. Enquanto 699 mil partos foram feitos em 1998, em 2008 o número baixou para 485,6 mil partos. O governo destaca que no ano passado foram distribuídos gratuitamente 1 bilhão de camisinhas no país.

- "Por causa dessas iniciativas, meninas e meninos estão mais informados sobre saúde sexual e reprodutiva e têm mais acesso a preservativos", diz a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare.

A região que mais registrou partos em adolescentes foi o Nordeste: 175.868, uma redução de 27,8% com relação aos partos feitos em 1998.

Para o governo, o aumento da presença de equipes do programa Saúde da Família nas comunidades também influenciou na queda da maternidade de adolescentes. Na pauta dos agentes de saúde entram explicações sobre planejamento familiar.

Fonte: O Globo

Data da Publicação : 24/09/2009
Data da Retirada : 24/10/2009


Obs: copiado ipsis literis do Portal do Ministério da Saúde/ Departamento de Atenção Básica

MFC na Rádio Câmara

Rádio Câmara: Programa Fator de Risco


O Programa Fator de Risco é apresentado e coordenado pelo jornalista Humberto Martins, e traz um pouco da definição/características da MFC em paralelo com os princípios da atenção primária, com o objetivo de abordar as características da MFC no âmbito de suas competências nucleares, no contexto de situações vivenciadas por nós com nossos pacientes e equipes das quais fazemos parte.

Terão o objetivo ainda de esclarecer à população as atribuições e competências esperadas dos MFC através dos relatos de situações problemas que foram gerenciadas mediante o exercício das habilidades apreendidas em nossa típica formação, relatando situações reais a partiir das quais haverá diálogos médico-paciente, paciente jornalista e jornalista-médico. Situações que esclareçam nossa abordagem humanizada, comprometida com as famílias e indivíduos, fundamentada em evidências científicas do cuidado adequado e resolutiva.

Serão seis programas com duração aproximada de seis minutos cada. Acesse os primeiros:
Entenda melhor a profissão de médico da família - Bloco 1 (10'14'') Ícone de de áudio
Entenda melhor a profissão de médico da família - Bloco 2 (10'40'') Ícone de de áudio

Logo Rádio Câmara

"Programa de Saúde de Família é a oportunidade, às vezes a única, para muitos brasileiros terem acesso a profissionais que somente podem ser encontrados em localidades distantes, normalmente cidades mais populosas, sedes de municípios ou capitais. Uma figura central neste processo de descentralização do atendimento é o médico de família e a equipe do PSF que trabalham para um número reduzido de famílias e é visto como uma pessoa de confiança. Para falar um pouco mais sobre a rotina e a vida da equipe do programa o Fator de Risco entrevista esta semana o médico Tiago Neiva, presidente da Associação Brasiliense de Medicina de Família e Comunidade. O Fator de Risco vai ao ar às terças, às 8h30. A apresentação é de Humberto Martins." (Fonte: Rádio Câmara)

Créditos pela Notícia: Tiago Sousa Neiva

Presidente da Associação Brasiliense de Medicina de Família e Comunidade

Presidente da SBMFC fala sobre a especialidade:
No documentário "doc - a medicina de várias maneiras"Gustavo Gusso, presidente da SBMFC, fala sobre a especialidade, seus desafios e as políticas de saúde. Acesse:

Vitamina D reduz quedas, e "quem" afirma isto é uma Meta-análise do BMJ

Fall prevention with supplemental and active forms of vitamin D: a meta-analysis of randomised controlled trials


Meta-análise publicada no BMJ com o objetivo de testar a eficácia da suplementação de vitamina D e forma ativa da vitamina D, com ou sem cálcio, na prevenção de quedas entre idosos.

Fontes de dados:
Medline, o registo central de Cochrane de ensaios controlados, BIOS, Embase até agosto de 2008 para artigos relevantes. Outros estudos foram identificados através da consulta especialistas clínicos, bibliografias e resumos. Entramos em contato com autores de dados adicionais quando necessário.

Métodologia de revisão:
Somente ensaios controlados duplo-cegos randomizados de indivíduos idosos (idade média de 65 anos ou mais) que receberam uma dose oral definida de suplemento de vitamina D (vitamina D3 (colecalciferol) ou vitamina D2 (ergocalciferol)) ou uma forma ativa da vitamina D (1 (alpha)-D3 hidroxivitamina (1 (alpha)-hydroxycalciferol) ou 1,25-D3 dihidroxivitamina (1,25-dihydroxycholecalciferol)), bem como o evento "queda" suficientemente especificado na avaliação foram considerados para inclusão.

Resultados:
Oito ensaios controlados randomizados (n = 2426) de suplementação de vitamina D preencheram os critérios de inclusão. Observou-se heterogeneidade entre os ensaios para a dose de vitamina D (700-1000 UI / dia vs. 200-600 UI / dia, P = 0,02) e concentração obtida de 25-hidroxi-vitamina D3 (25 (OH)D: < 60 nmol/l vs. ≥ 60 nmol/l, P = 0,005). Altas doses suplementares de vitamina D reduziram o risco de queda em 19% (risco relativo (RR) 0,81, 95% CI 0,71-0,92, n = 1921 em sete estudos), enquanto no soro as concentrações de D 25 (OH) de 60 nmol / l ou mais resultaram em uma redução de quedas em 23% (RR conjunto: 0,77, 95% IC 0,65 a 0,90). Quedas não foram notavelmente reduzidos por baixas doses suplementares de vitamina D (RR conjunto: 1,10, 95% CI 0,89-1,35, n = 505 a partir de dois ensaios), ou por concentrações séricas de 25-hidroxi-vitamina D com menos de 60 nmol / l (pooled RR 1,35 , 95% CI 0.98 a 1.84). Dois ensaios controlados randomizados (n = 624) da forma ativa da vitamina D preencheram os critérios de inclusão, e ela reduziu o risco de queda em 22% (RR conjunto: 0,78, 95% CI 0.64 a 0,94).

Conclusões:
Suplementação de vitamina D na dose de 700-1000 IU por dia reduz o risco de quedas entre os indivíduos com mais de 19% e um grau semelhante de formas ativas de vitamina D. Doses de suplementação de vitamina D com menos de 700 UI de soro ou 25 D-hidroxivitamina concentrações inferiores a 60 nmol / l, não podem diminuir o risco de queda entre os indivíduos mais velhos.

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BMJ - helping doctors make better decisions

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lombalgia: um velho dilema

GP attitudes and self-reported behaviour in primary care consultations for low back pain

A implementação das recomendações de orientação nos cuidados primários tornou-se generalizada. O tratamento da lombalgia (Low Back Pain - LBP) tem seguido aparte. A pesquisa mostra que o uso de diretrizes para lombalgia é influenciada pela credibilidade da evidência subjacente, o estilo de consulta dos General Practitioners (GPs) e as incertezas que cercam o diagnóstico e tratamento.

Objetivo: analisar qualitativamente as atitudes e comportamentos auto-relatados de médicos em relação à adesão de orientação para pacientes com lombalgia.

Metodos: Um método de desenho de pesquisa misto, que combina uma base nacional do Reino Unido com levantamento de médicos e fisioterapeutas, e estudo qualitativo incorporado. Este relato se concentra apenas nas entrevistas com GPs. Explorou-se a experiência dos GPs do manejo de pacientes com lombalgia e a razão para o tratamento oferecido a um paciente. Todas as entrevistas foram gravadas digitalmente, transcritas na íntegra e analisadas usando o método comparativo constante.

Resultados. GPs tem dificuldades em aderir às recomendações de orientação para pacientes com lombalgia. Eles experimentam em particular as tensões entre as recomendações para o paciente se manter ativo contra a expectativa de ter o descanso prescrito. GPs expressaram que a lombalgia crônica muitas vezes constitui um problema intratável que exige um especialista. A percepção de que as recomendações da diretriz são "impostas" podem criar resistência, e a base de dados nem sempre é considerada factível.

Conclusões. GPs reconhecem recomendações de diretrizes, mas a divergência ocorre na execução. Isto porque o GP é centrado na pessoa como um todo e não apenas em uma condição e há importância em se manter a relação médico-paciente, que depende da negociação eficaz de percepções e expectativas mútuas. Faz-se necessária uma exploração adicional sobre como o processo de consulta pode ser construído para combinar eficazmente provas com cuidado centrado no paciente.

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The Current Issue

Pacientes hiperutilizadores com sintomas médicos inexplicados

In their own words: qualitative study of high-utilising primary care patients with medically unexplained symptoms

Pacientes hiperutilizadores da atenção primária com sintomas inexplicados (MUS), frustram seus prestadores de cuidados primários. Estudos que elucidam as atitudes destes pacientes pode ajudar a aumentar a compreensão e melhorar a confiança dos médicos que cuidam deles. O objetivo deste estudo foi descrever e analisar as percepções e experiências de vida de pacientes com alta utilização de cuidados primários com MUS.

Métodos:A mostra intencional de 19 pacientes hiperutilizadores de cuidados primários para os quais pelo menos 50% (69,6% nesta amostra) de visitas durante dois anos foram medicamente inexplicadas, foram incentivados a falar espontaneamente sobre si e responder a questões semi-estruturadas. Transcrições integrais das entrevistas foram analisados usando um processo interativo de construção de consenso.

Resultados: Pacientes com MUS quase universalmente descreveram disfunção familiar em curso e /ou passada e foram submetidos a testes excessivos e a tratamentos empíricos ineficazes. Três grupos distintos surgiram a partir dos dados: 1) Alguns pacientes, que tinham atingido um grau significativo de introspecção psicológica e tiveram sucesso na vida, primariamente procuraram explicações para seus sintomas. 2) Os pacientes que tiveram uma menor introspecção psicológica foram mais debilitados por seus sintomas e sentiram-se fortemente no direito de ser dispensados das obrigações sociais habituais. Normalmente, esses pacientes procuraram principalmente o alívio dos sintomas, legitimação e apoio. 3) Pacientes que manifestaram a sua preocupação sobre a falta de diagnósticos exigiu cuidados excessivos e queixaram-se de resistência as suas exigências.

Conclusões : pacientes hiperutilizadores de cuidados primários são um grupo heterogêneo com experiências semelhantes e diferentes percepções, comportamentos e necessidades. Reconhecer essas diferenças pode ser fundamental para um tratamento eficaz e redução da utilização.

domingo, 4 de outubro de 2009

Tabagismo gestacional e sintomas psicóticos nos filhos

Maternal tobacco, cannabis and alcohol use during pregnancy and risk of adolescent psychotic symptoms in offspring

Crianças cujas mães fumaram na gravidez tem risco aumentado de sintomas psicóticos aos 12 anos, de acordo com estudo longitudinal publicado no British Journal of Psychiatry.

Os investigadores colheram informações sobre a utilização de tabaco, álcool e cannabis durante a gravidez e, em seguida, avaliados os seus filhos para sintomas psicóticos, 12 anos depois. Das quase 6.400 crianças avaliadas, cerca de 12% tinha sintomas psicóticos suspeitos ou definitivos.

Na análise ajustada, tabagismo materno foi associado com maior risco de sintomas psicóticos na prole, com um efeito dose-resposta (odds ratio =1,2 para tendência). A ligação entre o uso de álcool e sintomas psicóticos foi limitado às mães que consumiram mais de 21 unidades por semana. O uso da maconha não foi associada com os sintomas.

Os autores dizem que suas descobertas são "consistent with accumulating evidence from animal models of adverse effects on brain development from in utero nicotine exposure."

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Boletim Epidemiológico da OPAS passa a ser publicado em Português

Boletim Epidemiológico - Vol.28, No.3 - Septembre 2009

Organização Pan-Americana de Saúde

Pela primeira vez, o Boletim da OPAS é publicado em português:


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Artigo No.1 - Vol.28, No.3 - Setembro 2009
Sistema Regional de Vacinas (SIREVA): um programa com projeções múltiplas

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Artigo No.2 - Vol.28, No.3 - Setembro 2009
O Ministério da Saúde do Brasil em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde comemoram os 100 anos da descrição da doença de Chagas, 1909–2009

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Artigo No.3 - Vol.28, No.3 - Setembro 2009
Plano de ação regional para a capacitação de recursos humanos
Classificação internacional de Doenças – CID

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Artigo No.4 - Vol.28, No.3 - Setembro 2009
Plano Regional para o Fortalecimento das Estatísticas Vitais e de Saúde (PEVS)
Situação Atual da Elaboração e Implementação

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Artigo No.5 - Vol.28, No.3 - Setembro 2009
O Impacto do Novo Vírus da Influenza A (H1N1) na Doação de Sangue

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sábado, 3 de outubro de 2009

Desempenho da ESF no controle da tuberculose

Desempenho da atenção básica no controle da tuberculose

Rev. Saúde Pública, ahead of print Epub Sep 18, 2009

RESUMO

OBJETIVO: Analisar o acesso ao tratamento para tuberculose em serviços de saúde vinculados ao Programa Saúde da Família e em ambulatório de referência.
MÉTODOS: Foi realizado estudo do tipo inquérito descritivo, em 2007, com 106 pacientes que receberam tratamento para tuberculose no período de julho/2006 a agosto/2007 em Campina Grande, PB, vinculados ao Programa Saúde da Família (PSF) e em ambulatório de referência. Para avaliação de serviços de saúde, foi utilizado o instrumento Primary Care Assessment Tool, validado e adaptado para atenção à tuberculose no Brasil. As principais variáveis analisadas se referiam a locomoção e distância ao serviço e supervisão dos doentes.
RESULTADOS: Dos 106 doentes, 83,9% realizaram tratamento auto-administrado e 16,0% tratamento supervisionado. Os indicadores das unidades PSF e ambulatório de referência, considerados semelhantes (p>0,05), foram: 65,1% "perder o turno de trabalho para consultar"; 65,0% "utilizar o transporte motorizado"; 50,0% "sempre pagar pelo transporte motorizado" e 69,0% não fazer o "tratamento em unidades de saúde perto do seu domicílio". Os indicadores "utilizar transporte motorizado", "pagar pelo transporte para consultar", "fazer tratamento perto de casa" foram estatisticamente diferentes (p<0,05)

CONCLUSÕES: Apesar de o município ter 85 equipes de PSF, o tratamento supervisionado foi incorporado por poucos. Embora o tratamento da tuberculose seja disponibilizado pelo serviço público de saúde, ainda representa um custo econômico para o paciente em função da necessidade de deslocamento até o serviço de saúde, bem como a perda do turno de trabalho para ser consultado.

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Revista de Saúde Pública

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Máscaras cirúrgicas x N95

Artigo publicado no JAMA sugere que máscaras cirúrgicas comuns são tão efetivas quanto as famosas N95 respiratórias para proteger profissionais de saúde contra influenza.

Em Ontário, 450 enfermeiras de departamentos de emergência, unidades médicas e pediátricas foram randomizadas para utilizar um ou outro modelo durante o período de influenza sazonal. Ao final do estudo, em ambos os grupos23% dos trabalhadores tiveram infecção por influenza.

Os autores entretanto alertam que os resultados "should not be generalized to settings where there is a high risk for aerosolization, such as intubation or bronchoscopy, where use of an N95 respirator would be prudent."


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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Qualidade de Vida na doença de Alzheimer

Calidad de vida en la enfermedad de Alzheimer

Introducción. La calidad de vida es un concepto de creciente interés cuya evaluación complementa la valoración clínica tradicional, de interés fundamentalmente en ámbitos de organización de la asistencia. Presentamos un estudio de calidad de vida en la enfermedad de Alzheimer y su relación con medidas cognitivas y funcionales. Pacientes y métodos. Se evalúa la calidad de vida mediante la escala EQ-5D en una muestra de casos de enfermedad de Alzheimer diagnosticados con criterios del National Institute of Neurologic, Communicative Disorders and Stroke-Alzheimer’s Disease and Related Disorders Association que han donado muestra de sangre para el Banco Nacional de ADN, en los que se ha determinado también el estadio de la escala de deterioro global, y se ha efectuado un test de fluencia verbal y el test minimental de Folstein. Se realizó un análisis clásico, contraste de variables mediante chi al cuadrado para las proporciones y t de Student para las medias, y estimación de r para los modelos de regresión en las variables cuantitativas. Se determinó la tarifa social mediante el programa SPSS v. 11. Resultados. Se analizan 141 casos, con una relación de 2 a 1 entre mujer y varón, y una edad media de 76,2 años. Los aspectos de cuidado personal, actividad y, en menor medida, motilidad se ven afectados en la enfermedad de Alzheimer, pero no parecen hacerlo los aspectos de dolor y ansiedad. Existe relación entre calidad de vida, escalas funcionales y escalas cognitivas. Los aspectos funcionales se correlacionan mejor que los cognitivos con la calidad de vida. Conclusiones. La calidad de vida se evalúa en la enfermedad de Alzheimer mediante escalas generales, como EQ-5D. Los aspectos cognitivos no parecen aportar información relevante en relación con la calidad de vida que no se aporte ya por los aspectos funcionales.

Para livre acesso, é necessário registrar-se gratuitamente uma única vez. Acesse:

CDC e ANN monitoram a Vacina H1N1 e síndrome de Guillain-Barré

CDC e ANN monitoram efeitos colaterais da vacina H1N1:


O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e a Academia Americana de Neurologia (AAN) solicitaram que neurologistas relatem quaisquer eventuais casos novos de síndrome de Guillain-Barré (GBS), após a vacinação 2009 contra a gripe H1N1 usando o CDC e Food and Drug Administration Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS) estadunidense.

Não há previsão de que a vacina 2009 H1N1 tenha risco aumentado de GBS, mas dada a maior preocupação com a
síndrome de Guillain-Barré por causa da associação da síndrome de Guillain-Barré com a vacina da gripe suína de 1976, o CDC e AAN estão pedindo para relatar quaisquer potenciais casos novos da síndrome de Guillain-Barré pós-vacinação como parte nacional do CDC campanha de monitorização de segurança da vacina.

O site da AAN tem uma sessão chamada Reporting Toolkit for Guillain-Barré Syndrome
que inclui iniformações para leigos, instruções sobre como notificar, dentre outros. Seria interessante que estes resultados fossem publicizados antes da aplicação macissa no Brasil.

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Sintomas mal-definidos: como os MFCs lidam com eles

Explanation and relations. How do general practitioners deal with patients with persistent medically unexplained symptoms: a focus group study.

Artigo publicado no BMC Family Practice, oppen access, que tem dentre seus autores Chris Val Weel, do Conselho executivo da WONCA, discute a postura dos MFCs frente aos sintomas inespecíficos persistentes, sob a ótica das percepção dos mesmos sobre as explicações dadas aos pacientes, e como as relações com estes pacientes evoluem ao longo do tempo.

Metologia: Qualitativa, através de grupos focais, sob a metodologia da análise comparativa contínua.

Resultados:GPs reconhecem a importância de uma explicação adequada embora se sintam incapazes de explicá-las claramente ao pacientes. A explicação da inexistência de doença, o uso de metáforas e "normalização" dos sintomas é comum. Em pacientes hiperutilizadores, relatam a importância da relação médico paciente. Três modelos diferentes são utilizados: aliança-mútua caracterizada pelo ritual do cuidado (consultas regulares, exame físico regular) com o consentimento do médico e do paciente, aliança ambivalente, caracterizada pelo ritual do cuidado sem a aprovação do médico, e não-aliança, caracterizada pelo afastamento de todas as razões para o contato naqueles cujos sintomas não são de origem somática.

Conclusions: GPs tem dificuldade em explicar os sintomas, e quando os pacientes se tornam hiperutilizadores, eles focam o cuidado na manutenção da relação médico-paciente através dos rituais habituais do cuidado, balanceando a necessidade de manter esta boa relação e a prevenção quaternária (prevenção de intervenções iatrogênicas)

Acesso: