sábado, 25 de dezembro de 2010

DSS e APS

Artigo publicado em 2009 fala das necessidades para que a APS intereja e atinja os Determinantes Sociais de Saúde:O crescente enfoque sobre as desigualdades na saúde trouxe renovada atenção para dois discursos políticos afins - cuidados de saúde primários e os determinantes sociais da saúde. Ambos priorizam a equidade na saúde e também promovem uma visão ampla de saúde, ação multissetorial e a participação das comunidades “empoderadas”. As diferenças surgem na lente que cada um aplica ao setor da saúde, com as tensões resultantes em torno de sua capacidade para moldar os sistemas de saúde e abordar os determinantes sociais. No entanto, queixar-se dessas limitações de abordagem é improdutivo. Os serviços de saúde que não conscientemente, almejam os determinantes sociais agravarão as desigualdades na saúde. Se uma atenção primária renovada é o meio-chave para organizar a sociedade minimizando as desigualdades na saúde, a ação sobre os determinantes sociais tem de ser uma das estratégias centrais. O sucesso na redução das desigualdades de saúde vai exigir garantia de que o foco amplo de atenção primária à saúde e os determinantes sociais seja mantido principalmente na política - em vez de a experiência histórica comum de esforços que estão sendo limitada a uma parte do sector da saúde.

Artigo original: Publicado originalmente em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com/
Feliz Natal :-)

Primary health care and the social determinants of health: essential and complementary approaches for reducing inequities in health.


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

UFMG - Curso de Especialização Atenção Básica e Saúde da Família (Nescon)

http://www.nescon.medicina.ufmg.br/agora/noticias/wp-content/themes/default/images/kubrickheader.jpg

Saúde da Família na UFMG - breve mais um edital do CEABSF


Seleção 2011/1

No link abaixo, os interessados encontrarão todas as informações necessárias para efetuar sua inscrição para o Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, oferecido pela UFMG. Em breve estarão abertas as inscrições para a 5ª turma do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família (Ceabsf).

O curso destina-se a profissionais que estejam vinculados diretamente à estratégia de saúde da família em uma das seguintes condições: a) membro de equipe da estratégia Saúde da Família ou da estratégia de Saúde Bucal; b) coordenador ou gerente da estratégia Saúde da Família, Saúde Bucal ou Agente Comunitário de Saúde.

A coordenação do Programa Ágora, responsável pelo curso, recomenda aos interessados que se antecipem e reúnam a documentação necessária, além de acompanhar as notícias neste site:

http://www.nescon.medicina.ufmg.br/agora/noticias/wp-content/themes/default/images/kubrickfooter.jpg

Comunicação Nescon
(31) 3409-9790
comunicacao@nescon.medicina.ufmg.br


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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mesa: MFC Graduação e Pós-graduação em MG (I Congresso Nordeste de MFC)

I Congresso Nordeste de MFC e III Congresso Cearense de MFC
Hotel Vila Galé, 09 a 11 de Dezembro de 2010.
Promoção: ACeMFC

Mesa: MFC no mundo: Graduação e Pós-graduação

Bruno Benevides (Coordenador)
Yves Talbot
Leonardo Savassi
Thiago Ponciano

MFC no mundo: Graduação e Pós-graduação em Minas Gerais
Ver mais apresentações de Leonardo Savassi.


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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Palestra: Visita Domiciliar e Escala de Risco Familiar

Palestra Visita Domiciliar (e Escala de Classificação de Risco Familiar de Coelho-Savassi)

Proferida no I Congresso Nordeste de MFC e III Congresso Cearense de MFC.
Hotel Vila Galé, praia do Futuro, 09 a 11 de dezembro de 2010.

Confira:

Mesa: VISITA DOMICILIAR
Tatiana Monteiro Fiuza ( coordenadora)
Leonardo Savassi
Raquelly Braga
Denise Pontes





Veja também:

A Escala de Vulnerabilidade Familiar de Coelho Savassi e o eSUS/ SIS-AB


Padronização da Escala de Risco de Coelho-Savassi:




sábado, 4 de dezembro de 2010

Novas orientações da OMS: prevenção da tuberculose para as pessoas com HIV

Guidelines for intensified tuberculosis case-finding and isoniazid preventive therapy for people living with HIV in resourceconstrained settings

World Health Organization


As orientações mostram como as pessoas com HIV podem ser protegidos contra a tuberculose com regularidade, de baixo custo de medicação preventiva. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova linha-guia. Leia abaixo a press release (traduzida) da entidade:

1 de dezembro de 2010 GENEBRA - Crianças e adultos que vivem com HIV podem ser protegidos de uma das suas ameaças mortais - a tuberculose (TB) - com uma forma regular e de baixo custo de medicação preventiva, de acordo com as novas orientações lançadas hoje pela OMS. Dos quase dois milhões de mortes relacionadas à AIDS a cada ano, um quarto deles estão associados com a tuberculose.

Devido ao seu sistema imunológico enfraquecido, as pessoas que vivem com HIV são menos capazes de combater a infecção da TB e são mais propensos a desenvolver uma tuberculose ativa, que pode ser fatal e pode ser transmitida a outros. Em algumas comunidades, até 80% das pessoas com TB tem teste positivo para HIV. Tomar medicamentos que contenham a isoniazida, uma drogas anti-TB é uma medida simples e de baixo custo que impede que a bactéria da tuberculose se torne ativa se ela estiver presente. Conhecida como Terapia Preventiva com Isoniazida (IPT), o método de tratamento não é nova, mas para uma variedade de razões, é subutilizado. Apenas 85 000 (ou 0,2%) de todas as pessoas vivendo com HIV receberam isoniazida para a prevenção de tuberculose em 2009.

"Ao comemorarmos o Dia Mundial da SIDA, é evidente que a gestão do HIV deve incluir o combate à TB", disse Gottfried Hirnschall, Diretor do Departamento de HIV / AIDS da OMS . "Precisamos de implementar plenamente a estratégia dos três I's para o HIV / TB em colaboração com todos os parceiros. Os três I's são Terapia Preventiva com Isoniazida, intensificar triagem da tuberculose e de controle de infecção por TB. Essas medidas devem ser entregues como parte de serviços abrangentes de HIV."

As principais recomendações: as diretrizes são baseadas em novas provas científicas que atualizam a política anterior de 1998. As principais recomendações são:

• Todas as crianças e adultos que vivem com o HIV, incluindo mulheres grávidas e pessoas que recebem tratamento anti-retroviral, devem receber tratamento com isoniazida preventivo.
• A isoniazida deve ser prescrita de seis a 36 meses, ou como um tratamento de longa duração em ambientes com o HIV e alta prevalência de TB.
• Pessoas vivendo com HIV, que podem ter sintomas da tuberculose deve ser mais triados para TB ativa ou outras condições para que eles possam ter acesso a tratamentos adequados.

"Em muitos países, o HIV é um dos principais motores da epidemia de TB. Tuberculose é evitável e curável e as novas diretrizes mostram como romper a cadeia que liga TB e HIV, levando à morte", disse Mario Raviglione, diretor do Departamento Stop TB da OMS. "Todos os países e as comunidades precisam para implementar as novas orientações e que possam prestar o apoio necessário para garantir que isso pode acontecer."

Equívocos que podem contribuir para a baixa adesão ao tratamento com isoniazida, também são abordados nas novas orientações. Por exemplo, a preocupação que o uso de fármacos anti-TB com isoniazida, sem outras causas de resistência ao medicamento não foi suportada por qualquer evidência científica. Estes e outros esclarecimentos apresentados nas orientações devem limpar o caminho para um maior acesso à terapia preventiva para milhões de pessoas vivendo com HIV.
Acesse o Guideline:
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Relação de álcool e problemas do sono

Alcohol and Sleep Problems in Primary Care Patients: A Report from the AAFP National Research Network

A relação entre problemas entre álcool e distúrbios do sono são comuns, mas as associações não haviam sido estudadas entre os pacientes atendidos na atenção primária. A suposição foi que um maior nível de consumo de álcool estaria associado com vários problemas auto-referidos de sono. O estudo foi publicado na Annals of Family Practice, e é um artigo do Grupo de Trabalho da Rede de Pesquisas Nacional da American Academy of Family Practice

Foi um estudo transversal na atenção primária: 94 médicos participantes recrutaram até 30 pacientes adultos consecutivos, e médicos e pacientes completaram questionários anônimos pós-visita. Aos pacientes foram feitas perguntas sobre dados demográficos, consumo de álcool, sintomas cardinais do abuso de álcool, a qualidade do sono, insônia, apnéia do sono e sintomas de síndrome das pernas inquietas.

Os pesquisadores concluíram que, embora beber moderadamente ou consumo nocivo de alcool estejam associados a poucos problemas de sono, usar álcool para dormir foi fortemente associado ao consumo de risco (em relação ao consumo moderado de álcool) e pode servir como um alerta para que os médicos perguntem sobre o uso excessivo de álcool.

Estudantes de Medicina consomem alcool na manhã seguinte a sua formatura

Leia o resumo:
OBJETIVO alcoolismo nocivo e problemas do sono são comuns, mas as associações entre os pacientes atendidos na atenção primária não foram examinados. Nossa hipótese é que maiores níveis de consumo de álcool estaria associado
com vários problemas de sono auto-referida.
MÉTODOS Em um estudo transversal na atenção primária, 94 médicos participantes recrutados até 30 pacientes adultos consecutivos, e os clínicos e os pacientes completaram questionários postvisit anônimo. Os pacientes foram feitas perguntas sobre dados demográficos, consumo de álcool, sintomas cardinais do abuso de álcool, a qualidade do sono, insônia, apnéia do sono e sintomas de síndrome das pernas inquietas. Na análise multivariada, explorou as associações do estado de beber (nenhum, moderado ou perigosas) e problemas de sono, o ajuste para a demografia ea aglomeração de pacientes no médico.
RESULTADOS Dos 1.984 pacientes que responderam, 1.699 (85,6%) forneceram dados completos para análise. idade média dos entrevistados foi de 50,4 anos (DP 17,4 anos), 67% eram mulheres e 72,9% eram brancos. Destes, 22,3% relataram consumo de risco, 47,8% apresentavam uma qualidade de sono ruim ou muito ruim em geral, e 7,3% relataram um diagnóstico ou tratamento de apnéia do sono. Na análise multivariada, nenhuma associação entre o estado de beber e qualquer medida de insônia, sono de qualidade global, ou síndrome das pernas inquietas. Beber moderado foi associado com menor chance ajustada de apnéia do sono em comparação com os abstêmios (OR = 0,61, 95% CI, 0,38-1,00). A utilização do álcool para o sono foi fortemente associado com consumo de risco (OR = 4,58, 95% CI, 2,97-7,08, em comparação com o consumo moderado).
CONCLUSÕES beber moderadamente e consumo de risco foram associados a poucos problemas do sono. Usar álcool para dormir, no entanto, foi fortemente associado com consumo de risco em relação ao consumo moderado de álcool e pode servir como um alerta para que os médicos perguntam sobre o uso de álcool em excesso.

ABSTRACT (in english):
PURPOSE Hazardous and harmful drinking and sleep problems are common, but their associations among patients seen in primary care have not been examined. We hypothesized that greater levels of alcohol consumption would be associated
with several self-reported sleep problems.
METHODS In a cross-sectional survey in primary care practices, 94 participating clinicians recruited up to 30 consecutive adult patients, and both clinicians and patients completed anonymous postvisit questionnaires. Patients were asked questions on demographics, alcohol consumption, cardinal symptoms of alcohol use disorders, sleep quality, insomnia, sleep apnea, and symptoms of restless leg syndrome. Multivariate analyses explored the associations of drinking status (none, moderate, or hazardous) and sleep problems, adjusting for demographics and clustering of patients within physician.
RESULTS Of 1,984 patients who responded, 1,699 (85.6%) provided complete data for analysis. Respondents’ mean age was 50.4 years (SD 17.4 years), 67% were women, and 72.9% were white. Of these, 22.3% reported hazardous drinking, 47.8% reported fair or poor overall sleep quality, and 7.3% reported a diagnosis or treatment of sleep apnea. Multivariate analyses showed no associations between drinking status and any measure of insomnia, overall sleep quality, or restless legs syndrome symptoms. Moderate drinking was associated with lower adjusted odds of sleep apnea compared with nondrinkers (OR = 0.61; 95% CI, 0.38-1.00). Using alcohol for sleep was strongly associated with hazardous drinking (OR = 4.58; 95% CI, 2.97-7.08, compared with moderate drinking).
CONCLUSIONS Moderate and hazardous drinking were associated with few sleep problems. Using alcohol for sleep, however, was strongly associated with hazardous drinking relative to moderate drinking and may serve as a prompt for physicians to ask about excessive alcohol use.


Acesse o artigo:


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Linhas-guia para prevenção de AVC (AHA-ASA)

Guidelines for the Primary Prevention of Stroke.

A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association

A revista Stroke atualizou as orientações sobre prevenção primária de acidente vascular cerebral a partir da American Heart Association e da American Stroke Association. As orientações adotam uma abordagem orientada para os pacientes, enfatizando as escolhas de estilo de vida saudável. Abaixo o resumo das recomendações:

• Todos os pacientes devem ter o seu risco de AVC avaliado.
• A pressão arterial sistólica deve ser objetivada para menos de 140 mm Hg, com diastólica abaixo de 90 mm Hg. (A meta em diabéticos é <130/80).>

• Um bloqueador do receptor da angiotensina ou uma enzima conversora de angiotensina (ECA) podem ajudar a controlar a pressão arterial em diabéticos adultos.
• Estatinas são recomendadas em pacientes com doença coronária e as condições de alto risco, como diabetes.
• varfarina em dose ajustada (RNI alvo entre 2,0 e 3,0) é recomendada para pacientes de alto risco com fibrilação auricular não valvular (usar terapia antiplaquetária com aspirina para pacientes com fibrilação atrial de baixo risco).
• Os doentes devem reduzir a ingestão de sódio e aumentar a ingestão de potássio. A dieta DASH é recomendada.


Resumo da linha-guia:
Justificativa e Objetivo - Esta diretriz fornece uma visão geral das evidências sobre fatores de risco estabelecidos e emergentes de acidente vascular cerebral para fornecer recomendações baseadas em evidências para a redução do risco de um primeiro acidente vascular cerebral.
Métodos - Os membros do grupo de escrita foram nomeados pelo presidente da comissão, com base em seu trabalho anterior em áreas temáticas relevantes e foram aprovados pela American Heart Association (AHA) , Stroke Council Scientific Statement Oversight Committee e o AHA Manuscript Oversight Committee. O grupo utilizou revisões sistemáticas da literatura (abrangendo o período desde a última revisão foi publicada em 2006 até abril de 2009), referência às diretrizes previamente publicadas, arquivos pessoais, e opinião de especialistas para resumir as evidências existentes, indicar lacunas no conhecimento atual, e formular recomendações através de critérios normalizados AHA. Todos os membros do grupo tiveram a oportunidade de comentar sobre as recomendações e aprovaram a versão final deste documento. A diretriz passou por uma extensiva revisão por parte dos dirigentes do Stroke Council e da AHA antes da apreciação e aprovação pelos Comitês.
Resultados - Os regimes de avaliação do risco de uma pessoa para um primeiro acidente vascular cerebral foram avaliados. Os fatores de risco ou marcadores de risco para um primeiro curso foram classificados de acordo com potencial para mudança (não modificáveis, modificáveis, ou potencialmente modificáveis) e força da evidência (bem documentados ou menos bem documentado). Fatores de risco não modificáveis incluem a idade, sexo, peso baixo ao nascer, raça/etnia e predisposição genética. Fatores de risco modificáveis e bem documentados incluem a hipertensão, a exposição à fumaça de cigarro, diabetes, fibrilação atrial e outras condições cardíacas, dislipidemia, estenose da artéria carótida, doença falciforme, a terapia hormonal pós-menopausa, uma dieta pobre, inatividade física, obesidade e distribuição da gordura corporal. Menos bem documentados, ou fatores de risco potencialmente modificáveis incluem a síndrome metabólica, o consumo excessivo de álcool, abuso de drogas, uso de contraceptivos orais, distúrbio respiratório do sono, enxaqueca, hiper, lipoproteína (a) elevada, hipercoagulabilidade, inflamação e infecção. Os dados sobre o uso de aspirina para a prevenção primária do AVC foram revistos.
Conclusão - amplas evidências identificam uma variedade de fatores específicos que aumentam o risco de um primeiro acidente vascular cerebral e oferecem estratégias para reduzir esse risco.

Abstract (in english):
Background and Purpose — This guideline provides an overview of the evidence on established and emerging risk factors for stroke to provide evidence-based recommendations for the reduction of risk of a first stroke.
Methods — Writing group members were nominated by the committee chair on the basis of their previous work in relevant topic areas and were approved by the American Heart Association (AHA) Stroke Council Scientific Statement Oversight Committee and the AHA Manuscript Oversight Committee. The writing group used systematic literature reviews (covering the time since the last review was published in 2006 up to April 2009), reference to previously published guidelines, personal files, and expert opinion to summarize existing evidence, indicate gaps in current knowledge, and when appropriate, formulate recommendations using standard AHA criteria (Tables 1 and 2). All members of the writing group had the opportunity to comment on the recommendations and approved the final version of this document. The guideline underwent extensive peer review by the Stroke Council leadership and the AHA scientific statements oversight committees before consideration and approval by the AHA Science Advisory and Coordinating Committee.
Results — Schemes for assessing a person’s risk of a first stroke were evaluated. Risk factors or risk markers for a first stroke were classified according to potential for modification (nonmodifiable, modifiable, or potentially modifiable) and strength of evidence (well documented or less well documented). Nonmodifiable risk factors include age, sex, low birth weight, race/ethnicity, and genetic predisposition. Well-documented and modifiable risk factors include hypertension, exposure to cigarette smoke, diabetes, atrial fibrillation and certain other cardiac conditions, dyslipidemia, carotid artery stenosis, sickle cell disease, postmenopausal hormone therapy, poor diet, physical inactivity, and obesity and body fat distribution. Less well-documented or potentially modifiable risk factors include the metabolic syndrome, excessive alcohol consumption, drug abuse, use of oral contraceptives, sleep-disordered breathing, migraine, hyperhomocysteinemia, elevated lipoprotein(a), hypercoagulability, inflammation, and infection. Data on the use of aspirin for primary stroke prevention are reviewed.
Conclusion — Extensive evidence identifies a variety of specific factors that increase the risk of a first stroke and that provide strategies for reducing that risk.

Acesso ao artigo:



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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dengue em Videoconferência

Dengue em Videoconferência:

O Ministério da Saúde irá realizar, no dia 18 de novembro, a videoconferência Aspectos do manejo clínico no paciente com dengue. A atividade terá início às 13h na sala da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em Brasília-DF e poderá ser visualizada pela internet.

PALESTRANTE
Dr. Rivaldo Venâncio da Cunha , Graduação em Medicina pela Universidade de Caxias do Sul, RS, mestrado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ, e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ.

OBJETIVO
Promover uma atualização dos profissionais de saúde em Manejo clínico no paciente com dengue.

PÚBLICO ALVO
Médicos, enfermeiros, docentes, residentes e estudantes de cursos de Medicina e
Enfermagem.

METODOLOGIA
A videoconferência ocorrerá na sala da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em Brasília - DF. Será transmitida para as salas de videoconferência da RUTE (Rede Universitária de Telemedicina), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e dos Núcleos de Telessáude localizados em hospitais e universidades de todos os estados.
A exposição durará 1 hora e, na sequência, haverá 1 hora para perguntas e debate.
Esta sessão também será transmitida pela internet, via videostreaming.

TRANSMISSÃO PELA INTERNET (via videostreaming)
Para acompanhar, acesse:
a) o site RUTE (www.rute.rnp.br) e clique em “Mais informações” no anúncio da sessão que fica localizado no calendário de Próximos Eventos ou
b) o site do Canal Saúde http://www.canalsaude.fiocruz.br) e clique no anúncio da sessão na área de Destaques.
Requisitos para recebimento da transmissão: Internet com velocidade mínima de 384Kbps, e plugin do Windows Media Player instalado no navegador de internet.

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Diabetes mellitus gestacional

O Diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose de intensidade variável, detectada, pela primeira vez, durante a gestação.

Esse distúrbio é uma das complicações mais comuns da gestação, com uma prevalência de 2 a 15%, dependendo da população estudada e dos critérios diagnósticos utilizados. A despeito da hiperglicemia ser de intensidade leve, na maioria dos casos, o DMG mal controlado também resulta numa elevada morbidade materna e fetal (original).

São fatores de risco para o DMG:
  1. IMC maior que 30
  2. Gestação anterior que gerou criança com mais que 4,5 kg
  3. DMG prévia
  4. Parente de primeiro grau com diabetes
É possível encontrar um artigo de Montenegro (2000) que traz informações pertinentes e discute a questão do DMG, aqui. Aliás, este artigo tem uma excelência em si só. Muito útil e com várias informações complementares, valendo a pena ler.

É interessante e fundamental que o médico e/ou enfermeiro expliquem qual a importância do teste de tolerância a glicose (TTG) e como ele é realizado. Um teste difícil, para quem já está com os hormônios diferentes do normal, com uma criança no ventre, fica mais difícil do que já é. Chegar ao centro de exames ciente do procedimento a ser realizado facilita e diminui o número de falhas diagnósticas. O TTG deve ser realizado entre a 24ª e 28ª semana, segundo a força-tarefa americana, anterior a isso tem pouca evidência de benefício.

São complicações comuns da DMG (original):
  1. macrossomia, com conseqüente aumento da indicação de partos cesáreos,
  2. hipoglicemia,
  3. policitemia,
  4. icterícia neonatal,
  5. hipocalcemia e aumento de duas a três vezes do risco de malformações congênitas


Alguns links interessantes:
Informações aos pacientes, aqui.
Informações da linha-guia inglesa, aqui.
E informações da linha-guia da força-tarefa americana aqui

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sábado, 6 de novembro de 2010

Linha guia escocesa de psoríase

A prevalência brasileira da psoríase ainda não foi determinada em estudos confiáveis. Contudo, estima-se que mundialmente a sua prevalência chegue a 3%. A psoríase é uma doença crônica inflamatória imunomediada que afeta predominantemente a pele e articulações. Aproximadamente 20% das pessoas com psoríase pode também ter a artrite psoriática (PSA). O início pode ocorrer em qualquer idade, mas os picos ocorrem na segunda e terceira décadas de vida. O curso da doença é caracterizada por surtos e remissões, mas a condição tende a persistir ao longo da vida. Nos últimos 20 anos houve muitos avanços na compreensão dos mecanismos genéticos, moleculares e celulares que estão na base destes processos inflamatórios e muitos tratamentos novos e eficazes têm sido desenvolvidos O impacto negativo das doenças na qualidade de saúde da vida (QV) é comparável à doença isquêmica do coração, diabetes, depressão e cancer. Em muitos casos, esta deficiência pode ser reduzido por um tratamento eficaz. Além disso, psoríase grave e PSA são associados com um aumento na taxa de mortalidade padronizada (RMP). Em um estudo comparando pacientes com e sem psoríase, no United Kingdom General Practice Research Database, os homens com psoríase severa morreram, em média, 3,5 anos mais jovens (95% CI 1,2-5,8 anos, p <0,001) do que os controles e as mulheres com psoríase grave 4,4 anos antes (p 95% CI 2,2-6,6 anos, <0,001) do que os controles. A natureza visível da psoríase pode criar uma sensação de estigmatização entre os afetados. Inchaço nas articulações, deformidade articular e incapacidade física em pacientes com PSA pode levar a experiências de estigmatizantes.

Para ler mais sobre a linha-guia de Psoríase confira no site da Scottish Intercollegiate Guidelines Network, clique aqui. 
Publicado originalmente em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com/

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Leucemia Aguda na infância: Estudo ESCALE

Estudo realizado com coorte de crianças francesas, relacionou causas comuns em crianças que desenvolveram Leucemia Aguda.
Associações negativas foram observadas entre a leucemia linfoblástica aguda e ordem de nascimento (P para tendência <0,0001), a frequência de uma creche antes de um ano de idade (odds ratio (OR) = 0,8, intervalo de confiança de 95% (CI): 0.6, 1.1 ), a amamentação prolongada (OR = 0,7, 95% CI: 0.5, 1.0), infecções repetidas  precoce comuns (OR = 0,7, IC 95%: 0,6, 0,9), o contacto regular com animais de fazenda (OR = 0,6, IC 95%: 0.5, 0.8),  frequentes visitas a fazendas no início da vida (OR = 0,4, IC 95%: 0,3 a história, 0,6), e de asma (OR = 0,7, IC 95%: 0,4, 1,0) ou eczema (OR = 0,7, 95 IC%: 0,6, 0,9). Os resultados confirmam a hipótese de que infecções repetidas  precoce comuns,alimentação por leite materno prolongada, eczema e asma podem desempenhar um papel contra a leucemia aguda na infância.
Associação negativa, entenda-se como fator de proteção

O artigo original pode ser encontrado aqui.

Publicado originalmente em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cuidado domiciliar, no modelo americano

Enquanto no modelo americano as Visitas domiciliares são carregadas na objetividade dos exames e aparelhos, nosso modelo carrega na subjetividade da pessoa e das informações que sua residência traz. Obviamente não estou aqui defendendo, de forma bolchevique, nosso sistema de saúde e a ESF como modelo supremo, mas acho que temos bom conhecimento no assunto.
Em artigo-perspectiva no NEJM, o Dr. Steven Landers fala sobre o porquê de a atenção domiciliar está crescendo nos EUA.
Ele aponta cinco motivos:
  • O envelhecimento populacional
  • Epidemia de doenças crônicas
  • Avanços tecnológicos
  • Consumismo de cuidado em saúde
  • Rápida escalada dos custos do cuidado em saúde

O colega explora o fato que o acesso a internet e tecnologia é um facilitador para cuidador e cuidados estarem em contato. Existem diferenças notórias nos dois modelos (americano e brasileiro), além de diferenças das populações e de suas relações sociais. De qualquer maneira, vale a recordação que além da facilidade de acesso e proximidade maior, que possuímos aqui no Brasil, podemos também explorar a tecnologia como aliada.

Why Health Care is Going Home

Landers, Steven H. M.D., M.P.H.
Author Information

From the Cleveland Clinic, Independence, OH.

This article (10.1056/NEJMp1000401) was published on October 20, 2010, at NEJM.org.

Disclosure forms provided by the author are available with the full text of this article at NEJM.org.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Geriatras trabalham em prol de um sistema de atenção que foque também na saúde dos idosos, nos EUA

Enquanto estamos no modelo nacional de atenção primária há longo tempo, nossos colegas norte-americanos tentam entrar no mesmo ritmo. Almejando isso ainda existem vários focos de discussão em como implantar o modelo.

Em um artigo publicado na edição de 03 de novembro Journal of American Medical Association (JAMA) , Chad Boult, MD, MPH, MBA, professor de Política de Saúde e Gestão da Universidade Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, solicita melhorias chave para a primária cuidado, a fim de melhorar a saúde de adultos mais caro pacientes mais velhos, a nação com múltiplas condições crônicas. Boult e seu co-autor, G. Darryl Wieland, PhD, MPH, diretor de pesquisa de Geriatria Serviços em Palmetto Health Richland Hospital, Columbia, Carolina do Sul, avaliados os estudos de novos modelos de atenção primária para determinar a melhor maneira de melhorar o atendimento e os resultados para os adultos mais de 10 milhões de idosos que vivem com quatro ou mais doenças crônicas.


Boult Wieland e reviu todos os estudos peer-reviewed de modelos abrangentes de cuidados primários de idosos com múltiplas condições publicados entre 1999 e 2010.  A partir desta análise, eles identificaram quatro processos que estão presentes na maioria dos modelos de sucesso da atenção primária para esses pacientes:



• Uma avaliação global do paciente, que inclui uma revisão completa de todos os médicos, estilo de vida, questões psicossociais e valores,

• Criação e implementação de um plano baseada em evidências de cuidados que direciona todas as necessidades relacionadas com a saúde do paciente,

 • Comunicação e coordenação com todos os que prestam assistência ao paciente, e

• Promoção do paciente (e de seu cuidador familiar) a participação em sua própria saúde.

Mais informações neste link

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DE BETIM

Processo seletivo 2011

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Residência Médica de Betim. O edital foi aprovado pela Comissão Estadual de Residência Médica (CEREM-MG) em 28/10/2010.

Serão 04 vagas para Medicina de Família e Comunidade e 06 vagas para Cirurgia Geral. Os programas se iniciam em 01/02/2011.

Confira as datas pertinentes:

1) Inscrições: 08/11 a 08/12/2010.
Meios de inscrição: na Diretoria de Educação na Saúde, via internet (pelo email rmmfcbetim@gmail.com) ou pelo Correio (SEDEX até o dia 03/12/2010).

2) Provas: 11/12/2010, com início às 09:00 e com 4 horas de duração.

3) Segunda etapa: no mesmo dia, após a prova, com todos os candidatos (serão considerados na nota final somente os currículos dos aprovados na primeira etapa, restrito ao número de cinco vezes o número de vagas da área).

4) Resultado: O resultado da primeira etapa será divulgado no dia 16/12/2010. O resultado da segunda etapa será divulgado no dia 17/12/2010, bem como o resultado final. A inscrição dos aprovados ocorre de 06/01/2011 a 07/01/2011 no horário de 08:00 horas as 12:00 horas, na DIRETORIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE.

5) Taxa de inscrição: R$ 120, 00 (Cento e Vinte reais) paga nas agências do Banco do Brasil, conta nº 77934-2, agência 0750-1, Prefeitura Municipal de Betim/ Fundo Municipal de Saúde – Residências.

6) Documentos para inscrição:
1 Fotocópia da Cédula de Identidade;
2 Fotocópia do Comprovante de Inscrição no Conselho Regional de Medicina ou Diploma de Médico ou Declaração da Instituição de Ensino que o candidato cursou a última série ou período do Curso Médico;
3 Fotocópia do comprovante de estar em dia com o Serviço Militar;
4 1 (uma) foto 3 x 4 recente;
5 Comprovante original da taxa de pagamento da inscrição.

Acesse o site


Fonte:
Diretoria de Educação na Saúde (DESA)
Hospital Público Regional de Betim (HPRB)
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Rua Pará de Minas 640 Bairro Brasiléia, sala 22, Betim/MG.
(Centro Administrativo João Paulo II, antiga Saffram)
CEP 32.510-020.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Gota: o que "eu" preciso saber

JFP - revisão sobre gota.

O Journal of Family Practice lançou o tema gota dentro de sua programação de
"clinical conversations in primary care", que vale como Educação Continuada (CME) para os médicos estadunidenses (não para nós, a princípio).

A partir de um caso clínico, os autores discutem os fatores de risco, diagnóstico, prognóstico, tratamento e complicaçoes da doença. Confira o caso clínico:


Mr Hartman é um homem de 52 anos, branco, que está sendo visto pelo seu médico da atenção primária.

"Bom dia, Sr. Hartman. Eu sei que você está aqui hoje para que possamos verificar sua pressão arterial. Mas a minha enfermeira me disse que você tinha dificuldade considerável pé da sala de espera. Por que você está tendo dificuldades para andar assim? "

"O Dr. Kim, tenho uma terrível dor no meu tornozelo, e está inchado, também. A última vez que isso aconteceu, há alguns meses atrás, demorou uma semana ou assim que a dor melhora. Às vezes a dor é no meu tornozelo, e às vezes no meu pé, mas principalmente no meu dedão do pé. Eu pensei que talvez fosse apenas um caso de bursite. "

"Senhor Hartman, esse tipo de dor não é algo que você deveria ter que suportar. Talvez haja algo que podemos fazer sobre isso. Vamos começar dando uma olhada em seus pés e tornozelos. "

Acesse o caso clínico e a revisão:










O Canal Saúde abordou recentemente o tema. Assista:


(Fonte: Embeeded diretamente do Canal Saúde)


O Programa de Atualização em MFC da SBMFC também lança uma revisão sobre gota, que estará disponível em breve. Para conhecer o PROMEF, acesse:















domingo, 24 de outubro de 2010

PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA

E o Fantástico da Rede Globo, resolveu, há algum tempo, falar dos Fitoterápicos. Sabe-se lá que interesses existem por trás dessa campanha da Globo, colocando o Dráuzio Varella para executar essa cruzada. Mas, como diz uma conhecida minha, é fácil falar mal da Globo. Independente das razões, não podemos tirar descartar que há muita razão no que foi falado ali.

Já o Ministério da Saúde (MS), em seu site, não preconiza a utilização de fitoterápicos exclusivamente, ou o uso de chás. Os Fitoterápicos estão dentro do que se chama de terapia complementar. Sem querer defender o MS, mesmo porque não tenho nada a ver com o órgão, mas hoje as terapias alternativas são realidade. A Acupuntura, que até pouco tempo era considerada magia-negra, hoje já possui evidências, inclusive na Cochrane.

A Fitoterapia também tem seu valor reconhecido, em um trabalho da UFRGS, que detalha algumas evidências.

Com os inúmeros Determinantes Sociais de Saúde presentes no diagnóstico e terapêutica da Atenção Primária, tratar certas queixas, requer criatividade e busca de alternativas. Claro, que não é o caso de eu querer tratar o paciente com Dengue com Cristal de Quartzo, mas sim manter a mente aberta para outras culturas e terapias (coitado do Soro de Reidratação Oral, que tanto estranhamento causou na época de sua concepção).

Grato ao Léo Savassi, que me mandou a notícia.

Para saber mais:
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS


Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Off-Topic - Obrigado, Dr. House!

Gostaria de compartilhar algo. Minha esposa é advogada. Ela costuma dizer que o programa House é a aula de medicina dela. No episódio de ontem a paciente, que era moradora de rua,  iniciou com paranóia, dor de cabeça e irritação. Ao visitar o local onde era morava descobre-se haver morcegos. O diagnóstico, aí, ficou fácil e foi emitido a plenos pulmões: Raiva humana. O engraçado foi que a séria ainda estava no meio e a quantidade de diagnósticos aventados foi absurdamente grande. Não era compreensível para mim, como os grandes gênios imaginários da série não fizeram um diagnóstico tão simples. Mas depois ficou claro, o número de casos de Raiva humana nos EUA é de 10 casos para 40 anos. No Brasil essa realidade é um pouco mais complexa.
Lidamos nas nossas unidades tanto com Esquistossomose, ou Lúpus, ou doença de Guillain-Barré ou com a falta do que comer da pessoa atendida; tudo no mesmo dia.
Enquanto nos esmeramos no interior com barro e minério nos sapatos, vemos os médicos das séries dando resmungos e pedindo TCs como quem prescreve Albendazol (aliás, tenho a plena convicção que se House trabalhasse em certas localidades, um paciente pegaria a bengala dele e faria algo muito invasivo com ela no doutor...).
Mas, ainda tenho o que agradecer, porque independente de ser um entretenimento, ontem ganhei um beijo com muito carinho, por ter acertado um "diagnóstico tão difícil" porque eu era o "melhor médico do mundo". Assim, logo no dia dos médicos, ganhei um beijo, por ser médico. Obrigado, Dr. House!
Feliz dia dos médicos (e obrigado à equipe com que trabalho), atrasado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Economia da Atenção Primária

Eu já trabalhei em um projeto da OPAS com profissionais do Canadá e Health Canadá. Posso dizer que os admiro muito, pela capacidade de organização e de produção, principalmente de artigos. Neste relatório de alguns atores-chaves da saúde de Alberta (província canadense), podemos ver alguns comentários sobre a economia da Atenção Primária. Acho interessante, principalmente para que nossos gestores se inspirem e para os profissionais da ponta, que podem cobrar dos seus gestores, de forma mais embasada.

Economia da Atenção Primária

Instituto de Saúde Economia, Universidade de Alberta , Canadá 2010 

Trechos:

"... ... Tem havido numerosas críticas da medicina de família nos últimos anos e muitas sugestões para mais gastos e para a reforma da organização e finanças. Apesar da atenção, não há nenhuma visão sobre a situação económica actual em termos de custos e resultados e pouco evidência económica. Os autores deste relatório fornecerá uma análise do cenário econômico da atenção primária em Alberta e uma discussão das reformas propostas em termos de meios e fins.
"... .... - Temos opções há uma série de diferentes formas de organização e financiamento da atenção básica em Alberta e Canadá E as escolhas que fazemos impacto considerável sobre o capital próprio, qualidade, custos e resultados de saúde. O objetivo deste trabalho é delinear o problema dos recursos, proporcionando uma visão geral das escolhas que fazemos e os recursos que temos à mão. Informações econômicas, muitas vezes ausente do debate cuidados primários, pode nos ajudar a priorizar a investigação que é necessário para melhor informar políticas alternativas. Este documento foi informado por uma oficina sobre cuidados primários da economia realizada no Instituto de Economia da Saúde em Junho de 2010, que reuniu os principais líderes, especialistas e decisores políticos na atenção primária. Ela reflete as opiniões dos autores relatório ... ". 
Disponível on-line] PDF [36p. Em: http://bit.ly/cLvC6G
  

domingo, 10 de outubro de 2010

Lista de doenças de notificação compulsória - portaria GM 2742/2010

Só para deixar claro, a portaria GM 2742/2010 cita sem seu artigo 7º que:
Art. 7º A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
Como achei muito difícil e ingrato o caminho árduo que tive que percorrer para encontrar as doenças de notificação compulsória. Assim, resolvi partilhar com vocês quais são elas:


ANEXO I


Lista de Notificação Compulsória - LNC

1. Acidentes por animais peçonhentos;
2. Atendimento antirrrábico;
3. Botulismo;
4. Carbúnculo ou Antraz;
5. Cólera;
6. Coqueluche;
7. Dengue;
8. Difteria;
9. Doença de Creutzfeldt - Jacob;
10. Doença Meningocócica e outras Meningites;
11. Doenças de Chagas Aguda;
12. Esquistossomose;
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação;
14. Febre Amarela;
15. Febre do Nilo Ocidental;
16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide;
18. Hanseníase;
19. Hantavirose;
20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana -HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical;
22. Influenza humana por novo subtipo;
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
24. Leishmaniose Tegumentar Americana;
25. Leishmaniose Visceral;
26. Leptospirose;
27. Malária;
28. Paralisia Flácida Aguda;
29. Peste;
30. Poliomielite;
31. Raiva Humana;
32. Rubéola;
33. Sarampo;
34. Sífilis Adquirida;
35. Sífilis Congênita;
36. Sífilis em Gestante;
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS;
38. Síndrome da Rubéola Congênita;
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino;
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
41. Tétano;
42. Tuberculose;
43. Tularemia; e
44. Varíola.

Nesta parte, podemos ver as doenças de notificação compulsória imediata (LNCI). Essas são diferentes da compulsórias (LNC). As LNCI devem ser notificadas imediatamente pelo telefone para a Vigilância em Saúde do seu município ou estado. Em caso de impossibilidade de notificar a autoridade sanitária, deve-se notificar o Ministério da Saúde através do telefone 0800-644-6645.

ANEXO II


Lista Nacional de Compulsória Imediata - LNCI

I. Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbúnculo ou Antraz;
3. Cólera;
4. Dengue pelo sorotipo DENV 4;
5. Doença de Chagas Aguda;
6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chickungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Hantavirose;
10. Influenza humana por novo subtipo;
11. Peste;
12. Poliomielite;
13. Raiva Humana;
14. Sarampo em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior;
15. Rubéola em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior;
16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
17. Varíola;
18. Tularemia; e
19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).

II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por:
1. Difteria;
2. Doença Meningocócica;
3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em navios ou aeronaves;
4. Influenza Humana;
5. Meningites Virais;
6. Sarampo;
7. Rubéola; e
8. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se: a) Alteração no padrão epidemiológico de doença que constam

no Anexo I desta Portaria; b) Doença de origem desconhecida; c) Exposição a contaminantes químicos; d) Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS; e) Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA; f) Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU. g) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados; h) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento.

III. Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se:
1. Primatas não humanos
2. Eqüinos
3. Aves
4. Morcegos
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes.
5. Canídeos
Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva.
Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi.
6. Roedores silvestres
Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste.
Existem, ainda, as doenças de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas LNCS, mas essas deixo para quem quiser, que dê uma olhada na portaria.
Como Médico de Família, acho complexo o número de morbidades e doenças que existem na lista. O número e as situações são muito dispersas, dificultando enormemente o trabalho já tão difícil. Por outro lado, como epidemiólogo, compreendo que vivemos num país com dupla carga de doença, o que exige que a Vigilância em Saúde seja ampla e fique atenta, sempre.

Saúde amplia lista de doenças de notificação compulsória

Cinco doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública foram incluídas, entre elas a sífilis e os acidentes com animais peçonhentos


O Ministério da Saúde ampliou a Lista de Doenças de Notificação Compulsória (LNC) com a inclusão de mais cinco doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública entre as que devem ser notificadas quando houver suspeita e confirmação. De acordo com a Portaria 2472, publicada anteontem (1/9) no Diário Oficial da União (DOU), a lista inclui acidentes com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas; atendimento antirrábico decorrente de ataques de cães, gatos e morcegos; intoxicações exógenas por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos e metais pesados; sífilis adquirida; e Síndrome do Corrimento Uretral Masculino.

Com as inclusões, passa para 44 a quantidade de doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública de abrangência nacional que devem ser informadas pelas autoridades sanitárias nos municípios e estados ao Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A nova portaria segue recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), de 2005.

“Esta portaria atualiza a lista de notificação compulsória, além da lista de notificação imediata e define a lista de notificação compulsória em unidades sentinelas”, esclarece Carla Domingues, diretora adjunta do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério. Domingues explica que a portaria consolida todas as listas de notificação, que anteriormente estavam publicadas em vários documentos, e defini as terminologias adotadas de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI).

Outra novidade é a notificação compulsória da esquistossomose. Antes, a doença era de notificação compulsória de forma individual, na área não endêmica. Na área endêmica, os casos deviam ser informados de forma agregada, sem que fosse compulsório. Com a nova portaria, a esquistossomose passou a ser de notificação compulsória nas duas áreas.

Carla Domingues destaca que o aperfeiçoamento da notificação de doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública permite às esferas de governo federal, estadual e municipal monitorar e auxiliar no planejamento das ações de prevenção de controle, avaliar tendências e impacto das intervenções e indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas.

PADRONIZAÇÃO – A nova portaria também padroniza na legislação brasileira termos estabelecidos pelo RSI em relação às doenças, agravos e eventos graves em saúde pública. De acordo com o documento, doença “significa uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos”.

Outro exemplo de padronização de termos usados pela Vigilância em Saúde é a do significado de agravo, definido como “qualquer dano à integralidade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas, e lesões auto ou heteroinfligidas”.

A portaria traz ainda a padronização e definições para o que é um Evento em saúde, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) e uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Além disso, a 2472 estabelece fluxos, critérios para as notificações, responsabilidades e atribuições dos profissionais e serviços de saúde.

Além de atualizar o elenco do que deve ser de notificação compulsória, a Portaria 2472 traz no anexo II uma lista de 19 doenças de notificação imediata. Neste caso, estado e município devem comunicar a suspeita de doenças como sarampo, dengue 4, febre amarela, entre outras. São doenças que exigem maior agilidade ao serem notadas, mesmo que seja apenas uma suspeita.

“Essa ação garante a antecipação da investigação. No caso de uma suspeita de sarampo, por exemplo, permite ao município iniciar, imediatamente, a busca ativa de pessoas que tiveram contato com o paciente e realizar a vacinação de bloqueio para evitar a disseminação do vírus”, diz Domingues.

No anexo III há o elenco de doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública de notificação compulsória em unidades sentinelas, tais como acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho, dermatoses ocupacionais, rotavírus e violência doméstica.


Notícia retirada de:
Ministério da Saúde

Para conhecer os detalhes da nova portaria e esclarecer dúvidas, acesse o conteúdo do documento no endereço:
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=50&data=01/09/2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Diretrizes - Epilepsia - Ministério da Saúde

Norma: PORTARIA
Órgão: Secretaria de Assistência/Atenção à Saúde/Ministério da Saúde
Número: 492 Data Emissão: 23-09-2010
Ementa: Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, o PROTOCOLO CLÍNICO E
DIRETRIZES TERAPÊUTICAS - EPILEPSIA.



PORTARIA N.492, DE 23 DE SETEMBRO DE 2010

O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições,
Considerando a necessidade de se estabelecer parâmetros sobre a epilepsia no Brasil e de diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença;
Considerando que os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são resultado de consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade, precisão de indicação e posologia;
Considerando as sugestões dadas à Consulta Pública SAS/MS no 23, de 10 de maio de 2010;
Considerando a Portaria SAS/MS nº 375, de 10 de novembro de 2009, que aprova o roteiro a ser utilizado na elaboração de PCDT, no âmbito da Secretaria de Atenção à Saúde - SAS; e Considerando a avaliação do Departamento de Atenção Especializada - DAE/SAS, resolve:
Art. 1º - Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, o PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS - EPILEPSIA.
§ 1º - O Protocolo, objeto deste Artigo, que contêm o conceito geral da epilepsia,
critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e de exclusão, tratamento e
mecanismos de regulação, controle e avaliação, é de caráter nacional e deve ser
utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados e dos Municípios na regulação
do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos
correspondentes.
§2º - É obrigatória a observância desse Protocolo para fins
de dispensação de medicamento nele previsto.
§3º - É obrigatória a
cientificação do paciente, ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos e
efeitos colaterais relacionados ao uso de medicamento preconizado para o
tratamento da epilepsia, o que deverá ser formalizado por meio da assinatura do
respectivo Termo de Esclarecimento e Responsabilidade, conforme o
modelo
integrante do Protocolo.
§4º - Os gestores estaduais e municipais do SUS,
conforme a sua competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial,
definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos
indivíduos com a doença em todas as etapas descritas no Anexo desta Portaria.
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art.
3º - Fica revogada a Portaria SAS/MS nº 864, de 04 de novembro de 2002,
publicada no Diário Oficial da União nº 217, de 8 de novembro de 2002, Seção 1,
página 163.



Fonte de Publicação: Diário Oficial da União; Poder executivo, Brasília, DF, 24 set. 2010, Seção 1, p. 673-679

Acesse o protocolo AQUI


Créditos pela notícia:
Tales Coelho Sampaio
Presidente da Associação Cearense de
Medicina de Família e Comunidade - ACEMFC
www.acemfc.org.br

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Linha guia da American Psychiatric Association para Depressão

Nova Linha Guia para tratamento da depressão (Produzido pela APA)

A Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association) publicou a terceira edição da sua orientação prática para o tratamento de adultos com transtorno depressivo maior. A edição anterior foi publicada em 2000.

O guia enfatiza a necessidade de colaborar com os pacientes no processo decisório e para "uma avaliação cuidadosa e contínua do risco de suicídio." Além disso, dado que os pacientes deprimidos freqüentemente recebem tratamento para outras condições, a recomendação pede que os cuidados de ser coordenado entre todos os clínicos que tratam.

Esta orientação prática foi aprovada em Maio de 2010 e publicada em outubro de 2010. Um observatório foi desenvolvido resumindo os avanços significativos na literatura científica que possam estar disponíveis desde a publicação da presente orientação, .

A atual linha guia tem 152 páginas e está subdividida nas seguinte sessões:

STATEMENT OF INTENT
OVERVIEW OF GUIDELINE DEVELOPMENT PROCESS
GUIDE TO USING THIS PRACTICE GUIDELINE
OFF-LABEL USE OF MEDICATIONS
INTRODUCTION

PART A: TREATMENT RECOMMENDATIONS
I. EXECUTIVE SUMMARY
II. FORMULATION AND IMPLEMENTATION OF A TREATMENT PLAN
III. SPECIFIC CLINICAL FEATURES INFLUENCING THE TREATMENT PLAN

PART B: BACKGROUND INFORMATION AND REVIEW OF AVAILABLE EVIDENCE
IV. DISEASE DEFINITION, EPIDEMIOLOGY, NATURAL HISTORY, AND COURSE
V. REVIEW AND SYNTHESIS OF AVAILABLE EVIDENCE

PART C: FUTURE RESEARCH NEEDS

APPENDIX: EDUCATIONAL RESOURCES FOR PATIENTS AND FAMILIES

Livre acesso ao guideline:
APA Guia de Prática Clínica (PDF grátis)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores.

Está disponível na página do Centro de Pesquisas René Rachou a dissertação Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores, de Leonardo C M Savassi.

A dissertação trata do tema Hanseníase sob duas óticas:

1) A primeira é a das políticas públicas que permearam a doença no Brasil e no mundo ao longo dos últimos quatro milênios. O que explica a história de segregação e estigma relacionados a ela

2) A segunda trata da qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores, utilizando o WHOQoL-breve como instrumento de avaliação, demonstrando os reflexos da abordagem da doença na Qualidade de Vida.

Confira o resumo:

A hanseníase é uma doença de notificação compulsória que está inclusa no rol das doenças negligenciadas e estigmatizantes. O estigma da doença é resultante da tradução bíblica da palavra tsaraath que trouxe para a cultura ocidental uma carga de crenças sobre punição divina, castigo e pecado que influenciaram a forma cruel como a Europa Medieval lidou com a doença. A partir do Século XV, a “lepra” se torna uma doença predominantemente colonial, reduzindo-se drasticamente na Europa devido à melhoria das condições sanitárias.. Ao final do Século XIX, a descoberta do bacilo de Hansen, torna-se uma justificativa cientificamente embasada para o isolamento dos doentes, fato que influenciará toda a maneira como a saúde pública brasileira irá lidar com a doença.

O objetivo desta dissertação foi o de contextualizar as políticas públicas adotadas, e o papel. da doença hanseníase na qualidade de vida de cuidadores e pessoas vivendo com suas sequelas.. Realizou-se revisão da literatura concernente a história das políticas públicas de combate à “lepra”/ hanseníase, com consulta a fonte primária: artigos científicos e secundárias: websites e e-books. Realizou-se concomitantemente revisão da literatura buscando informação científica sobre cuidadores e sobre qualidade de vida. Foram coletadas informações de pacientes acerca de dados sociodemográficos, dados clínicos, de autonomia e cognição; dos cuidadores, foram coletados dados demográficos e dados relativos ao cuidado. Aplicou-se o Minimental, e os questionários de avaliação de atividades de vida a pacientes, e o WHOQoLbreve a pacientes e cuidadores.

As políticas públicas adotadas pelo Brasil iniciaram-se somente no século XX, pautadas pelo isolamento e segregação dos doentes, adotando, a partir do Governo Getúlio Vargas, um modelo implantado inicialmente em São Paulo, baseado no tripé do armamento antileprótico: leprosários, educandários e dispensários. Este modelo perduraria mesmo depois da descoberta do tratamento com as sulfonas, e se mostraria ineficaz tanto para a profilaxia, quanto para a cura dos doentes, ocasionando sequelas físicas e psíquicas com graves conseqüências aos pacientes isolados.

A análise estatística do binômio paciente-cuidador demonstrou os piores escores de Qualidade de Vida para pacientes nos domínios físico e mental, com melhores escores para o domínio social do WHOQoL. Cuidadores apresentaram escores inferiores aos dos pacientes no domínio social, e superiores no domínio físico, sem diferença nos domínios ambiente e psíquico. A análise de regressão linear univariada demonstrou correlações significativas: presença de companheiro, autonomia e idade do. cuidador influenciaram a QV do paciente. Para o cuidador, dados clínicos e de autonomia do paciente. influenciaram o domínio psíquico.

As peculiaridades do isolamento e do estigma foram determinantes para ambos. O paciente que tem expostas suas sequelas ao meio exterior tem piores escores de qualidade de vida, e a viuvez se associa a melhores escores de QV devido ao ganho de autonomia financeira e patriarcal e devido à rede social formada. Para os cuidadores, o paciente usuário de cadeira de rodas gera menor sobrecarga devido à melhora clínica do paciente após a amputação, mas as particularidades da autonomia do paciente geram escores de QV que são influenciados diretamente pelas sequelas e evolução natural da hanseníase.

Em suma, o isolamento em hospitais Colônia foi responsável pelo surgimento de sequelas físicas e emocionais que interferem negativamente na QV do binômio paciente cuidador, mas a resiliência mediada por uma rede social, ampliada por uma entidade de apoio. social (MORHAN) tem papel importante na QV, especialmente no domínio social. A análise demonstrou ainda que as correlações entre autonomia e Qualidade de Vida não se dão de maneira linear, indicando a necessidade de ampliar estudos que apontem como se dá a transição da autonomia para a dependência, especialmente em idosos, sendo a população de hansenianos também influenciada pelas peculiaridades locais.


Acesse a dissertação completa:








Acesse também o artigo publicado na Hansenologia Internationalis:

Savassi LCM, Bogutchi TR, Oliveira APS. A influência da internação compulsória em Hospitais-colônia na Qualidade de Vida de Cuidadores e Pacientes com Sequelas de Hanseníase. Hansen Int 2009; 34(2): 21-31.

sábado, 25 de setembro de 2010

Vídeo: Educação em Saúde para Dengue

AnimaDengue: desenho de animação produzido pela equipe do CECIS da Fiocruz Minas.

O objetivo do vídeo é estimular a participação do público infanto-juvenil nas ações de prevenção da Dengue.

Os conteúdos e mensagens buscam proporcionar acesso ao conhecimento cientificamente correto associado às reflexões sobre aspectos sociais, econômicos e ambientais da endemia e focalizam os principais riscos de transmissão da Dengue a partir da reprodução de situações reais.

O material foi produzido sob os preceitos da Metodologia Educativa em Saúde.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sala de Convidados (Canal Saúde): Educação em Saúde - Programa Saúde na Escola (PSE)

Sala de Convidados do Canal Saúde debate a Educação em Saúde, sexta (24), às 13h

O Programa Saúde na Escola (PSE) foi criado em 2008, através de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e Educação com o objetivo de reforçar a prevenção à saúde dos alunos brasileiros e construir uma cultura de paz nas escolas.

O PSE é dividido em quatro blocos:
O primeiro consiste na avaliação das condições de saúde;
O segundo trata da promoção da saúde e da prevenção;
O terceiro é voltado à educação permanente e capacitação de profissionais e de jovens;
O quarto prevê o monitoramento e a avaliação da saúde dos estudantes.

O tempo de execução de cada bloco é planejado pela Equipe de Saúde da Família levando em conta o ano letivo e o projeto político-pedagógico da escola. Todas as ações do programa são possíveis de serem realizadas nos municípios cobertos pelas equipes do Saúde da Família.

Para debater o assunto foram convidados:
Marta Klumb Rabelo – Coordenadora do Programa Saúde na Escola/ MEC;
Claunara Schilling Mendonça – Diretora do Departamento de Atenção Básica/ MS;
Mª das Merces Navarro - Fiocruz e Programa Saúde na Escola do Rio de Janeiro.

Durante o programa, o público pode participar ao vivo pela web na sala de bate papo ou assistir pela NBR e ligar gratuitamente para 0800 701 8122, ou antecipar perguntas e comentários pelo canal@fiocruz.br.

Para assistir no site do Canal Saúde, acesse canalsaude.fiocruz.br e clique na TV. Para saber como ver a NBR na sua cidade ou obter mais informações sobre a NBR, acesse ebcservicos.ebc.com.br/veiculos/nbr.

Os municípios interessados devem manifestar vontade em aderir ao programa. A Portaria do Ministério da Saúde define os critérios e recursos financeiros pela adesão e a elaboração dos projetos pelos municípios. Acesse:

Portaria 1.861, de 4 de setembro de 2008, define critérios e traz o Termo de Adesão dos municípios

Cadernos da Atenção Básica - Saúde na Escola

Fonte:
Assessoria de Comunicação – Canal Saúde / Fiocruz
(21) 3194-7700 / 3194-7704 / 0800-701-8122 /
canal@fiocruz.br
Canal Saúde / Fundação Oswaldo Cruz

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Blog do Doutor Leonardo - OMS e SUS

O Blog "Doutor Leonardo - Saúde da Família", do colega MFC capixaba Leonardo Fontenelle, trás uma postagem extremamente interessante: "OMS faz um retrato do SUS" (17 setembro 2010 - por Leonardo Fontenelle).

Nele, o blogueiro aponta que o último número do Bulletin of the World Health Organization (Boletim da Organização Mundial da Saúde) trouxe uma matéria (em inglês) sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). A OMS coletou depoimentos de brasileiros que conhecem o SUS para fazer o relato.

Acesse:

Doutor Leonardo
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Abordagem da Tosse

O Clinical Knowledge Summaries (CKS) do Sistema Nacional de Saúde Britânico (NHS), traz um algorítimo baseado em evidências sobre o manejo da tosse.

Os seguintes tópicos estão disponíveis:

Cenário: Diagnóstico - tosse menos de 3 semanas: abrange o diagnóstico da causa da tosse aguda.
Cenário: Diagnóstico - tosse 3-8 semanas: abrange o diagnóstico da causa da tosse sub-aguda.
Cenário: Diagnóstico - tosse mais de 8 semanas: abrange o diagnóstico da causa da tosse crônica.
Cenário: Administração - tosse menos de 3 semanas: abrange a gestão de tosse aguda, incluindo as indicações para internação de emergência e de referência.
Cenário: Administração - tosse 3-8 semanas: abrange a gestão de tosse sub-aguda, as indicações para a remessa urgente.
Cenário: Administração - tosse mais de 8 semanas: abrange a gestão de tosse crônica, incluindo as indicações para o encaminhamento urgente.

O CKS apresenta, para cada recomendação, quais são as suas bases, com links para os artigos/ guidelines específicos.

Para acessar o CKS/NHS é necessário se registrar, sem custos. Acesse: