Site com artigos e publicações de Medicina de Família e Comunidade, voltado para profissionais da área. Não deixe de consultar seu médico em caso de necessidade.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Atenção Primária Orientada para a Comunidade
Alô, comunidade!
Esse post é direcionado a profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família e desejam realizar alguma prática comunitária, porém se sentem sem idéias, inseguros de como fazê-lo, ou simplesmente em dúvida se funciona ou não.
Postarei aqui dois links muito úteis, que podem ajudar nestas questões.
O primeiro se chama The Guide to Community Preventive Services.
Trata-se de um site de acesso gratuito que ajudará você a escolher programas e políticas para melhorar a saúde e prevenir a doença em sua comunidade. Nele, revisões sistemáticas são utilizadas para responder a estas perguntas:
- Qual o programa e as intervenções políticas têm se mostrado eficazes?
- Existem intervenções eficazes, que servem para a minha comunidade?
- Quanto poderiam custar essas intervenções, e qual é o provável retorno do investimento?
Outro site útil, este em espanhol, é o PACAP (Programa de Actividades Comunitárias en Atención Primaria), desenvolvido pela Sociedade Espanhola de Medicina de Familia e Comunidade.
Em destaque, no setor de publicações, um manual de como planejar e executar atividades orientadas à comunidade. Para baixar o arquivo em pdf, clique aqui.
Espero que seja útil.
Publicado originalmente por Gustavo Landsberg em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com
sábado, 28 de maio de 2011
Dieta rica em cálcio não tem efeito aparente benéfico no risco de fratura
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Uso, satisfação e avaliação do SUS
Qual é o SUS que enxergamos?
Acostumamo-nos a ouvir a frase (e eu sou um dos que já a repeti várias vezes): “no dia em que a Classe Média utilizar o SUS, o serviço vai melhorar”. Tem até certa lógica, pois a Classe Média sempre foi formadora de opinião neste país, e a herança cultural dela nos permite inferir que ela ao menos é mais politizada.
Só que este argumento é falso. Duplamente falso. Primeiro porque a Classe Média já utiliza o SUS, cotidianamente. Segundo porque a Classe Média é formada pela opinião da mídia, seja ela marrom, vermelha, verde ou azul, para só então formar a sua opinião.
A Classe Média pode tentar se gabar de não utilizar o SUS “porque tem Plano de Saúde”. Só se esquece que come, compra remédios, vive em sociedade e se beneficia de pesquisas de laboratórios voltados para problemas de saúde pública (e não para problemas que darão retorno financeiro). Além disto, por mais que tenhamos dificuldades no controle de endemias, ela se beneficia do combate às zoonoses. Em outras palavras: se ela come, está usando a ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária). Se ela compra remédios, também. Se ela hoje não está em meio a diversas epidemias, é porque existe a Vigilância Epidemiológica. Se ela tem tratamento para doenças negligenciadas, como tuberculose, hanseníase, leishmaniose, isto se deve a laboratórios de pesquisa, como os diversos laboratórios da Fiocruz e de vários outros. 1
Tudo bem, ela utiliza estes serviços, mas ainda poderia dizer que não usa o serviço assistencial do SUS. Outro engano. Podemos simplesmente citar o exemplo das vacinas, que são dadas gratuitamente em Unidades de Saúde por todo o país, consumidas e reconhecidas por todos como de alta eficácia (superior a das vacinas da rede privada) e qualidade. Ou podemos lembrar que, além de usufruir da ANVISA (sem saber ou lembrar), hoje há um programa de distribuição gratuita de medicamentos tanto nas Unidades do SUS quanto na rede privada (em outro momento podemos discutir a Farmácia Popular sob a ótica do uso da verba do SUS voltado para grandes empresas de comércio farmacêutico). Ainda assim algumas pessoas não estariam suficientemente convencidas.
Podemos até lembrar que pacientes HIV positivos (bem como pessoas vivendo com várias outras doenças), recebem gratuitamente medicamentos produzidos no país, ou subsidiados pelo governo. Ou que os planos de saúde despejam a conta do alto custo (e seus respectivos pacientes) no setor público do SUS. E até mesmo entrar na polêmica da judicialização da medicina, onde o direito médico consegue tratamentos gratuitos para pacientes.
Finalmente, podemos lembrar que, por estarmos dentro de um Sistema Único, tudo o que é gasto em saúde se traduz em abatimento no Imposto de Renda, integralmente. Ou seja, o que se gasta na sessão suplementar do SUS é devolvido ao cidadão depois de um ano, dinheiro este que poderia estar subsidiando a porção pública do sistema. Para isto, basta lembrar que na educação não há desconto integral, pois não há um Sistema Único de Educação (se existisse, as caras escolas e faculdades pagas pela Classe Média seriam também “descontáveis” integralmente). O desconto é restrito a cerca de R$3.000 por dependente.
Posto isto, a avaliação da satisfação do brasileiro com seu sistema de saúde é pauta recente na mídia e nos órgãos de discussão em saúde pública. E demonstrou alguns pontos que merecem destaque.
Depois que uma pesquisa apontou a saúde como o principal desafio do governo Dilma2, e depois que ela mesma incluiu a Saúde como meta principal, junto à erradicação da miséria, a Saúde ampliou seus holofotes. Não que já não existissem, pois costumo ponderar que Saúde sempre será o carro chefe da oposição em qualquer governo, pois sempre há mais o que fazer para melhorá-la (ou... lei do saco sem fundo).
Na Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade um estudo sobre satisfação do usuário3,4 conduzida Porto Alegre-RS, comparou a satisfação de usuários de acordo com a qualidade da atenção recebida (alto escore de APS vs. baixo escore de APS) utilizando o Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool), e um questionário referente à última consulta. Observou-se diferença significativa nas 12 variáveis que refletem a satisfação em vários aspectos da consulta, demonstrando maior satisfação em usuários que classificaram o seu serviço como de alto escore para APS, com 95,6% e 73,5% de "satisfeitos" nos serviços com alto e baixo escore de APS, respectivamente (p<0,001).
A pesquisa de janeiro do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA)5,6 gerou grandes discussões sobre o tema. Em linhas gerais, ela demonstrou mais de 80% de satisfação com a Estratégia Saúde da Família. E apontou um dado importantíssimo: quem utilizou assistencialmente a porção pública do SUS nos 12 meses que antecederam a pesquisa o avaliou melhor do que aqueles que não o utilizaram, ainda que no geral as avaliações tenham se situado em sua maioria na linha do regular.
Recentemente foi publicizada uma pesquisa do Observatório de Recursos Humanos em Saúde da UFMG7 que monitorizou resultados, desempenho e satisfação dos usuários da atenção primária em Belo Horizonte, e apresentou a percepção dos usuários sobre o serviço disponibilizado pela Unidade Básica e seus profissionais, de acordo com seis dos sete atributos básicos da Atenção Primária6. Foram avaliadas todas as 512 equipes da rede belorizontina e os resultados apontaram os seguintes índices de satisfação para os seis componentes: 86,60% para integralidade da atenção, 86,04% para a orientação voltada para a comunidade, 84,94% para acessibilidade/ primeiro contato, 78,14% para atuação com foco na Família, 75,22% para a longitudinalidade/ horizontalidade da atenção e 61,48% para a coordenação do cuidado.
Portanto, em linhas gerais, podemos observar níveis que variam de 61% a 95% de satisfação com a saúde oferecida especialmente pelos serviços de Atenção Primária com organização voltada para a satisfação dos princípios da Atenção Primária (leia-se: os 51% de assistência da Estratégia Saúde da Família), e a maior percepção de qualidade de quem utiliza com freqüência os serviços públicos assistenciais do SUS em relação a quem acha que não usa (leia-se Classe Média).
Atendi nesta noite 12 pacientes pediátricos do SUS em um plantão na região metropolitana de Belo Horizonte e posso afirmar que todos saíram com um sorriso no rosto maior do que habitualmente encontro nos plantões da rede suplementar de saúde. Teorias conspiratórias a parte, resta saber a quem interessa manter a pecha de que o sistema público de saúde é pior que o sistema suplementar.
1. De Lavor, A; Dominguez, B; Machado, K. O SUS que não se vê. Radis 104, Abr 2011. P. 9-17. Disponível em http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/104/sumario.html (veja na íntegra abaixo)
2. Savassi, LCM. O programa da Vênus e a caça ao SUS. [Blog Saúde com Dilma]Disponível em http://saudedilma.wordpress.com/2011/04/09/g-e-a-caca-ao-sus/
3. Zils, AA; Castro, RCL; Oliveir, MMCO; Harzheim, E; Duncan, BB.Satisfação dos usuários da rede de Atenção Primária de Porto Alegre. RBMFC v. 4, n. 16 (2009). P. 270-6. Disponível em http://www.rbmfc.org.br/index.php/rbmfc/article/view/233
4. Savassi, LCM. A satisfação do usuário e a autopercepção da saúde em atenção primária RBMFC, v. 5, n. 17, (2010) p. 3-5. Disponível em: http://www.rbmfc.org.br/index.php/rbmfc/article/view/135
5. IPEA. Sistema de Indicadores de Percepção Social Saúde. Brasília: IPEA2011. 20 p. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/SIPS/110207_sipssaude.pdf
6. Savassi, LCM. Estratégia Saúde da Família é aprovada por 80% dos usuários do SUS. [Blog Saúde com Dilma] Disponível em http://saudedilma.wordpress.com/2011/02/09/estrategia-saude-da-familia-e-aprovada-por-80-dos-usuarios-do-sus/
7. Observatório de Recursos Humanos em Saúde, FACE/UFMG. Saúde da Família – Desafios e Perspectivas a partir da Experiência de Belo Horizonte. Auditório do BDMG, 08 de abril de 2011. Disponível em: http://www.rededepesquisaaps.org.br/UserFiles/File/estudoBh.pdf
8. Starfield, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. 726p. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000039.pdf
TCE: observar ou tomografar?
A observação clínica de crianças depois de uma lesão na cabeça (traumatismo crânio-encefálico/ TCE) pode ajudar a revelar quais precisam de uma tomografia computadorizada (TC), segundo estudo da revista Pediatrics.
Trata-se de uma boa estratégia para as crianças que têm algum risco de uma lesão cerebral grave, mas não apresentam sintomas graves. Se o paciente procura o pronto-atendimento logo após um ferimento na cabeça, você pode simplesmente não ter tido tempo suficiente para que os sintomas se desenvolverem. Ou o paciente pode ter alguns sintomas preocupantes, mas é necessário um pouco de tempo antes de tomar uma decisão sobre fazer um raio-x. Este estudo traz novas informações importantes sobre o que observar antes de tomar essa decisão.
Foram revisados dados de mais de 40 mil crianças com TCE que foram levados para 25 salas de emergência de diferentes centros. Os dados originais foram recolhidos pela Pediatric Emergency Applied Research Network. Um gráfico de notas indicou se cada criança foi internada para observação antes que os médicos decidiram ou não realizar uma tomografia computadorizada.
Cerca de 5.400 crianças - ou 1 em 7 foram observados. Essas crianças têm menos probabilidades de obter uma TC: 31% vs 35%, quando os médicos tomaram a decisão de imediato. Em ambos os grupos, menos de 1% teve uma lesão cerebral grave. Vinte e seis crianças que foram observadas e enviadas para casa sem uma tomografia computadorizada voltaram mais tarde para um raio-x. Apenas uma dessas crianças teve uma varredura positiva.
A conclusão de que observar algumas crianças antes de tomar a decisão sobre uma tomografia computadorizada pode ser uma maneira segura e eficaz de reduzir o número daqueles scans.
O estudo já é um reflexo da prática clínica, inclusive no Brasil: em casos graves, inicia-se uma varredura de imediato e nos casos em que os sintomas são suficientemente leves, geralmente a criança é liberada para casa ou observada para ver se há qualquer alteração. No caso de dúvidas, opta-se pela observação.
Ainda assim algumas questões permanecem. Por exemplo, não está claro quanto tempo faz sentido para observar as crianças antes de decidir fazer uma tomografia computadorizada ou enviá-los para casa. No Brasil, os pronto-atendimentos tem por regra a observação clínica por seis ou doze horas do paciente antes de liberá-lo para observação em casa.
Leia abaixo a tradução do resumo e o original em Inglês:
O efeito da observação sobre a utilização tomografia computadorizada craniana para crianças após trauma crânio-encefálico
Resumo
Objetivo: As crianças com trauma craniano leve sem corte são freqüentemente observados no serviço de emergência antes da tomada dedecisão a respeito do uso da tomografia computadorizada. Estudou-se o impacto desta estratégia clínica sobre o uso da tomografia computadorizada e os desfechos.
Métodos: Foi realizada uma sub-análise de um estudo prospectivo, multicêntrico observacional de crianças com traumatismo craniano leve sem corte. Os formulários médicos de relato de caso indicaram se a criança foi observada antes da decisão acerca da tomografia computadorizada. Definiu-se uma lesão cerebral traumática como clinicamente importantes como: uma lesão intracraniana resultando em morte, intervenção neurocirúrgica, intubação por mais de 24 horas, ou internação por 2 noites ou mais. Para comparar as taxas de tomografia computadorizada entre as crianças observadas vs não observadas antes da tomada de decisão , foi utilizado um modelo de equações generalizadas para a estimativa de controle de cluster hospitalar e características do paciente.
Resultados: Das 42 412 crianças participaram do estudo, os médicos anotaram se o paciente foi observado antes de tomar uma decisão sobre a tomografia computadorizada em 40 113 (95%). Destas, 5.433 (14%) crianças foram observadas. A taxa de utilização da tomografia computadorizada foi inferior nos pacientes que foram observados em relação aos que não foram observados (31,1% vs 35,0%; diferença: -3,9% [intervalo de confiança 95%: -5,3 a -2,6]), mas a taxa de lesão cerebral traumática clinicamente importante foi semelhante (0,75% vs 0,87%; diferença: -0,1% [intervalo de confiança 95%: -0,4 a 0,1]). Após o ajuste para as características do hospital e paciente, a diferença na taxa de utilização de tomografia computadorizada permaneceu significativa (odds ratio ajustada para a obtenção de uma tomografia computadorizada no grupo observou: 0,53 [intervalo de confiança 95%: 0,43-0,66]).
Conclusões: A observação clínica foi associada com o uso da tomografia computadorizada reduzido entre as crianças com trauma craniano leve sem corte e pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o uso de tomografia computadorizada.
Abstract
Objective: Children with minor blunt head trauma often are observed in the emergency department before a decision is made regarding computed tomography use. We studied the impact of this clinical strategy on computed tomography use and outcomes.
Methods: We performed a subanalysis of a prospective multicenter observational study of children with minor blunt head trauma. Clinicians completed case report forms indicating whether the child was observed before making a decision regarding computed tomography. We defined clinically important traumatic brain injury as an intracranial injury resulting in death, neurosurgical intervention, intubation for longer than 24 hours, or hospital admission for 2 nights or longer. To compare computed tomography rates between children observed and those not observed before a decision was made regarding computed tomography use, we used a generalized estimating equation model to control for hospital clustering and patient characteristics.
Results: Of 42 412 children enrolled in the study, clinicians noted if the patient was observed before making a decision on computed tomography in 40 113 (95%). Of these, 5433 (14%) children were observed. The computed tomography use rate was lower in those observed than in those not observed (31.1% vs 35.0%; difference: −3.9% [95% confidence interval: −5.3 to −2.6]), but the rate of clinically important traumatic brain injury was similar (0.75% vs 0.87%; difference: −0.1% [95% confidence interval: −0.4 to 0.1]). After adjustment for hospital and patient characteristics, the difference in the computed tomography use rate remained significant (adjusted odds ratio for obtaining a computed tomography in the observed group: 0.53 [95% confidence interval: 0.43–0.66]).
Conclusions: Clinical observation was associated with reduced computed tomography use among children with minor blunt head trauma and may be an effective strategy to reduce computed tomography use.
Acesso ao artigo:
SOURCE: http://bit.ly/l8JDYM
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Chega de Dr. Google
A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade incorporou ao seu site uma nova sessão intitulada “Por dentro da Saúde com o Dr. MFC”.
Trata-se de um espaço destinado à população, onde se poderá ter acesso a informações elaboradas por médicos de família e comunidade sobre as principais doenças existentes no Brasil, suas principais causas, sintomas, entre outras curiosidades.
Em tempos em que o problema não se trata ter acesso à informação, e sim como selecioná-la, torna-se útil uma iniciativa como esta - não apenas para a população geral, mas também para os próprios médicos, que poderão recomendar aos seus pacientes essa fonte.
Os texto apresentam linguagem extremamente acessível e foram escolhidos temas comuns na prática clínica. Até o momento, encontram-se no site os seguintes tópicos:
- Acidente de trabalho
- Ansiedade
- Câncer de Mama
- Cáries e Gengivites
- Corrimento Vaginal
- Dengue
- Depressão
- Desmaio
- Diarreia
- Hanseníase
- Parasitoses Intestinais
- Piolho (Pediculose)
- Sarna (Escabiose)
- Tabagismo
Além dos textos, é possível ainda encaminhar dúvidas e sugestões de novos temas ao e-mail dr.mfc@sbmfc.org.br
Aproveite!
Publicado originalmente por Gustavo Landsberg em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Saúde no Brasil - Especial The Lancet em livre acesso
"Saúde no Brasil"Brasília, 09 de maio de 2011O Brasil proporcionou melhorias significativas na saúde materno-infantil,atendimento de emergência, e na redução da carga de doenças infecciosas. Mas a notícia não é de tudo boa. O país continua a ter uma carga de mortalidade devido a lesão, diferente de outros países, devido ao grande número de assassinatos, especialmente utilizando armas de fogo. Os níveis de obesidade estão a aumentar e as taxas de cesariana são mais altas do mundo.Brasil tem agora a oportunidade de se aproximar do seu objetivo último de saúde universal, eqüitativa e sustentável, tal como consagrado na Constituição de 1988. Para realçar essa oportunidade, The Lancet publica uma série de seis artigos que examinam criticamente o que alcançaram as políticas do país e os desafios futuros. Como Cesar Victora e colaboradores concluem no documento final da Série: "o desafio é, em última análise, político, requer a participação contínua da sociedade brasileira como um todo para garantir o direito à saúde para todo o povo brasileiro."
terça-feira, 10 de maio de 2011
RBMFC divulga novo portal e política editorial
Com intuito de estimular a produção científica entre os médicos de família e comunidade e todos os profissionais vinculados à Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, a Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC), publicação científica trimestral da SBMFC, convida todos a visitarem seu novo portal www.rbmfc.org.br, e conhecerem sua nova Política Editorial.
Além de agora possuir acesso eletrônico ilimitado e gratuito a todo seu conteúdo, a RBMFC criou também novas seções para estimular o envio de artigos para a Revista, incluindo textos com conteúdo opinativo e cultural.
O objetivo é alcançar um maior número e autores e leitores, com foco em três eixos: Atenção Primária à Saúde (APS), Estratégia Saúde da Família (ESF) e Medicina de Família e Comunidade (MFC).
Atualmente, o corpo editorial da RBMFC é composto por 70 avaliadores, fator que contribui para um prazo médio de avaliação de cinco semanas.
Encaminhe seu artigo e participe da edição 19 (abril/junho 2011), equivalente ao sexto volume da série. A última edição publicada é a de número 17 e, em breve sairá a 18ª.
A submissões de artigos na RBMFC é gratuita. A revista é de acesso livre on-line no site www.rbmfc.org.br e distruibuida nacionalmente para os associados da SBMFC, bibliotecas de faculdades de áreas afins.
Confira algumas das vantagens da RBMFC para os autores e leitores:
1. Pontuação CNA
Publicação científica
a) artigos publicados em revistas médicas: 5 pontos por artigo;
Prova de Título (TEMFC)
a) Autoria principal de artigo publicado – 6 pontos
b) Co-autoria de artigo publicado – 5 pontos
2. Sistema Ahead of Print
A RBMFC adotou, a partir do início de 2011, a publicação de artigos Ahead of Print, ou seja, os textos completos dos artigos são publicados individualmente no SUMÁRIO de cada fascículo da versão eletrônica da RBMFC, assim que são finalizados os seus procedimentos editoriais, e antes
da publicação impressa.
Outros pontos:
Integração: Links internos e externos no artigo possibilitam acesso a outros textos do mesmo autor ou a assuntos correlatos, assim como acesso a diferentes partes do mesmo artigo.
Visibilidade: oferecida por meio de indexação automática e interoperabilidade com sistemas de busca como Google graças ao uso SEER -Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas. Acesse http://www.rbmfc.org.br
Acessibilidade: de posse de equipamento adequado o usuário pode acessar um artigo e/ou periódico de qualquer lugar em segundos.
sábado, 7 de maio de 2011
Mapa da obesidade e sobrepeso
Uma boa imagem vale mais que mil palavras.
Abaixo, vemos no mapa-mundi as prevalências alarmantes de adultos com Índice de Massa Corporal acima de 25 (sobrepeso + obesidade), separadados por sexo. As imagens foram retiradas do site da OMS, que mantém uma base de dados atualizada sobre o tema (para acessar clique aqui).
As cores, como se pode ver, falam por si só:
Sobrepeso e obesidade (IMC>25) em homens de 15 a 100 anos.
Sobrepeso e obesidade (IMC>25) em homens de 15 a 100 anos.
Fonte: OMS
Publicado originalmente por Gustavo Landsberg em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com
Satisfação e o SUS que não se vê
Uma matéria da Revista Radis 104 tenta lembrar a todos o SUS que não se vê (e o SUS que alguns tentam se convencer de que não usam).
Outra matéria recentemente compartilhada pelo Observatório de Recursos Humanos em Saúde (FACE/ UFMG) aponta a satisfação dos usuários com a Atenção Primária de Belo Horizonte.
Baseado nestas excelentes matérias, foi feita uma postagem recente no Blog Saúde com Dilma, disponível em livre acesso.
Leia a Revista Radis:
O SUS que não se vê
- Premio da ENAP consagra Saúde da Família em 1º Lugar .
- Médicos de APS nos EEUU - satisfação, salário e atividades .
- Postagens recentes em ESF/ MFC .
Publicado originalmente por Leonardo C M Savassi em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com